A partir do dia 03 de maio de 2022, estará disponível em nossa Biblioteca, de maneira permanente, a nova Exposição Holodomor 1932-33 – Genocídio do Povo Ucraniano.
Nós recebemos do Sr. Rostyslav Tronenko, Embaixador da Ucrânia no Brasil, os materiais preparados pelo Instituto Ucraniano da Memória Nacional, pelo Memorial do Museu Nacional às Vítimas do Holodomor e o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia. São dezesseis banners com textos em língua portuguesa e diversas fotos.
O termo Holodomor significa um massacre pela fome, do qual não havia salvação. Com esta palavra, os ucranianos chamam a Catástrofe Nacional de 1932-1933.
Nesta exposição, queremos contar uma história única do Holodomor porque acreditamos que ela deve ser conhecida não somente na Ucrânia, mas também em todo o mundo. Também explicamos porque consideramos o Holodomor um genocídio e pedimos à comunidade mundial que o reconheça como tal.
Procedemos da conclusão de que o Holodomor é um dos eventos mais importantes da história não somente da Ucrânia, mas também da história mundial no século XX, e sem entendê-lo não seria possível entender a natureza do totalitarismo e dos crimes cometidos tanto pelo totalitarismo soviético quanto nazista.
O Holodomor teve seus antecedentes e consequências. É por isso que, na seção cronológica, os materiais da exposição cobrem praticamente o século inteiro. Começa com o que era a Ucrânia no início do século XX, 30 anos antes dessa tragédia, e termina com a história sobre o ressurgimento da memória sobre o Holodomor na Ucrânia moderna.
Nós acreditamos que contar essa história é importante porque, mesmo hoje, não podemos nos alegrar na esperança de que o Holodomor moderno não possa ser repetido. Pelo contrário, sinais de genocídios são vistos cada vez mais no mundo moderno. As testemunhas do crime e a história do Holodomor nos ensinam tudo o que deve ser feito e o que não deve ser feito. Desta forma, como evitar esses crimes e confrontar/ resistir àqueles que os planejam e organizam.
Nunca será demais olhar atentamente para o passado para ver os sintomas do mal agora, porque, embora tenha diferentes formas de execução, sua natureza é sempre a mesma. Os instigadores do genocídio dividem as sociedades, semeiam inimizades através da propaganda, eliminam direitos, punem maciçamente as vítimas com a morte e depois fingem que nada terrível aconteceu e mentem para o mundo inteiro. Eles procuram submeter suas vítimas, mudar completamente sua natureza e mentalidade a seu modo mediante completa ou parcial destruição física e moral. A base do genocídio é o ódio e o desprezo.
É por isso que esses crimes deixam feridas profundas não só no corpo das pessoas que sobreviveram a eles, mas também de toda a humanidade. Curá-los significa também chamar as coisas pelos seus nomes, falar sobre elas em plena voz e enfrentar os mais novos Stalins e Hitlers.
A exposição estará disponível para toda a comunidade no horário de funcionamento da FASBAM: de segunda-feira à sexta-feira, das 07h30 às 12h e das 13h às 16h30.
Nosso agradecimento ao Sr. Rostyslav Tronenko, Ex-Embaixador da Ucrânia no Brasil que nos doou os materiais desta exposição e a Igor Knyaziv e Anna Bezdoganna do Projeto “Україна. Згадати Все” que cederam as fotos das crianças utilizadas na divulgação da exposição.