Estudantes participam de Seminário de Pesquisa em Filosofia

O Prof. Dr. Edilson da Costa organizou, no dia 07 de abril, entre os estudantes do 2º ano do Curso de Filosofia um Seminário de Pesquisa em Filosofia no qual, a partir da leitura e produção de textos, os estudantes desenvolveram um banner para ser utilizado para a apresentação da pesquisa aos demais estudantes. Além disso, a proposta da atividade também teve o objetivo de desenvolver as técnicas de retórica – uma habilidade fundamental para os estudantes de filosofia da FASBAM

O estudante Gelson Luiz Simões que pesquisou sobre: A busca da verdade através da fé e da razão em Santo Agostinho de Hipona e São João Paulo II. Segundo ele, a tarefa de estabelecer uma harmonia e complementaridade entre fé e razão pode ser vista, num primeiro momento, parece ser uma tarefa impossível. Entretanto, para Agostinho de Hipona, fé e razão se complementam. A fé precede a razão, fazendo o ser humano vislumbrar e intuir a verdade; posteriormente, a razão é incentivada a encontrar formas de clarificar as verdades intuídas pela fé. João Paulo II também afirma a harmonia e complementariedade entre fé e razão. Para o Pontífice, a razão, privada da fé, corre o risco de perder de vista sua meta final; a fé, privada da razão, corre o risco de deixar de ser uma proposta universal, podendo ser reduzida a um mito ou superstição. Portanto, para encontrar a verdade é preciso superar os extremismos fideístas e racionalistas, e integrar fé e razão em uma saudável e harmoniosa relação de complementariedade.

Já o estudante Alan Cesar Reis Rocha pesquisou sobre: O problema do mal em Agostinho de Hipona e no sistema leibniziano. Segundo ele, para ambos os autores, a problemática é a mesma: como pode o mal existir no mundo sendo ele obra de um Deus bom? A resposta também é semelhante: o homem, por sua livre vontade, escolhe afasta-se do bem e opta pelo mal. Em outros momentos, tanto Agostinho quanto Leibniz discorrem sobre os tipos do mal, e ambos o classificam nos níveis metafísico/ontológico (que, tecnicamente, não existe, mas pode ser entendido como a origem do mal, a ausência de bem), moral (pecado) e físico (dor, morte). Contudo, ainda assim, para Leibniz, estamos no melhor dos mundos possíveis, uma vez que a natureza humana foi ferida pelo pecado, ao passo que, para Agostinho, em Cristo, o mundo encontrou a redenção.

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