A Biologia de Aristóteles

Como sabemos, a Biologia é o estudo da vida, mas também é uma ciência, só que a pergunta que nós sempre fazemos é: o que é uma ciência? Bem, ciência significa conhecer ou conhecimentos, então isso quer dizer que a ciência é um conjunto de conhecimentos. A biologia investiga tudo, ou quase nada de muito, ela está em constante evolução. Uma parte da biologia estuda os seres vivos, então se nós pensamos um pouco mais do que é a biologia, isso quer dizer que nós queremos saber donde viemos e para onde vamos, e nesse ponto é onde entra Aristóteles.

O Estagirita descreveu 500 espécies viventes, uma delas o golfinho do qual definiu a sua anatomia, comportamento, inteligência, natureza social e incluso a reprodução placentária a qual comparou com os quadrúpedes e com o homem. Ele dizia que a alma era o princípio da vida, isso quer dizer que estamos vivos graças a alma e não tanto a matéria da qual estamos compostos. Segundo Aristóteles, existem três tipos de alma: a alma vegetativa; a alma sensitiva a qual é própria dos animais; e a alma racional onde somente entram os seres humanos, embora possuamos as outras duas.

Ele criou a escala natural ou escala natura que basicamente é uma escala hierárquica dos seres vivos definida pelas suas características. O que para ele parecia mais alto na escala, tinha mais valor, no entanto, não se fechava à ideia de que as espécies pudessem evoluir ou desaparecer, embora a escala natural ou a imensa corrente do ser não fosse mais que um conceito ausente e, na atualidade, considerada uma teoria obsoleta. Contudo, foi uma das bases importantes para que se sistematizasse na época do Renascimento.

Aristóteles também foi precursor da embriologia, como pode-se apreciar na sua obra História dos animais, na qual tomou ovos de galinha, os encubou e os foi abrindo a partir do segundo dia. Dessa maneira, ele conseguiu descrever a morfologia e funções vitais do embrião. Esta foi uma prática muito comum na área de biologia durante a sua carreira.

Enfim, Aristóteles tentou explicar como é que os pais transferem características hereditárias ao embrião, de como os pais transmitem a sua herança e as mães só proporcionam alimento e transmitem calor. Aristóteles era parte do movimento agonista, no entanto, tinha uma posição intermediária. Ele dizia que a geração pode produzir-se de duas maneiras, uma que é a sexual, a qual foi falada anteriormente, e a segunda que é a espontânea, na qual, por exemplo, as plantas e os insetos surgiriam a partir de matéria descomposta, a qual tinha interação com forças que eram capazes de dar vida. A esta força ele deu o nome de enteléquia.

Autor: Harry Villamil, estudante da turma do 2° Ano do Curso de Filosofia da FASBAM.

Referências

ARISTOTELES. Historia de los Animales. Barcelona: Ed. Alianza, 1992.

ARISTÓTELES. Da Geração dos Animais. São Paulo: Ícone, 1999.

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