A CORONA e as COROAS

por: Roberto Silva Souza[1]

A história que vou contar
é recente em nosso Brasil,
na verdade é no mundo inteiro,
tá todo mundo “cabrero”
com essa situação hostil.

Não sei nem por onde começar,
mas acho que do começo
e vou tentar lhes falar
e evitar qualquer tropeço
porque antes mesmo de iniciar
já quero terminar
senão me aborreço.

No final do ano passado,
lá na China, apareceu
um povo infectado
de um morcego que comeu
e o povo mais estudado
buscando resposta em todo lado
um fim no bicho não deu.

E o vírus se espalhou
pela Itália, Espanha e Irã.
A Europa toda chorou,
a cada noite e a cada manhã.
Atingiu Nova Iorque e Moscou,
uma trilha de mortos deixou,
ontem, hoje e talvez amanhã.

Passou pela França e Inglaterra.
Pela Bélgica e Irlanda.
Destruiu feito uma guerra,
devastou parte da Terra
por todo lugar que se anda.

Infelizmente chegou ao Brasil
e aqui se instalou
levou à morte “muitos mil”
e a outros tantos, doentes deixou
atacou da criança ao juvenil,
a mulher e o homem varonil
e muitos idosos de nosso país levou.

As pessoas não podem nem
sepultar seu ente querido
seja qual for o parentesco que tem,
filho, mãe, avó ou marido.
A tristeza então advém
e o desespero chega também
deixando o coração destruído.

A situação está exigindo
que as famílias fiquem unidas,
seja chorando ou sorrindo,
dialogando ou discutindo,
precisam proteger suas vidas.

Pouco a pouco as coisas vão melhorando
e muitos são curados pelo mundo afora.
Aqueles que estão verdadeiramente amando,
só estão trabalhando e voltam para casa sem demora.
Todos nós estamos somente aguardando,
aquele momento que pode ser tido como santo,
que voltará a sorrir todo aquele que chora.

Somente com muita Fé
e confiança em Nosso Senhor,
mantendo-nos de pé,
com esperança e muito amor,
voltaremos a fazer um “cafuné”,
a convidar os amigos prum café
e sentir de um abraço o grande calor.

Não tenhamos medo do futuro,
pois Deus nos ajudará.
Se hoje está sendo “duro”
e tanta coisa ainda há de passar,
seja suficientemente maduro
e em meio a todo esse mundo escuro
uma luz, com certeza, brilhará.

Não sou do Nordeste Brasileiro
nem sei escrever um verdadeiro cordel.
Mas posso imaginar as xilogravuras do companheiro
que manuseia com habilidade o cinzel.
Não escrevi a quantidade de versos, como é costumeiro
nem sou um exímio violeiro
para declamá-lo até alcançar o céu.

Só quero mostrar com essa mensagem
um pouco do que está acontecendo com as pessoas
temos que nos encher de muita coragem
e separar as atitudes más, daquelas que são boas.
Pois somente sem manchar nenhuma imagem
nem nos servirmos de sabotagem
alcançaremos as verdadeiras COROAS.

Não a CORONA da “des-esperança”,
Nem daquele medo profundo.
Mas a COROA confiante da criança,
que, com seu amor, abraça todo o mundo.
Busquemos a COROA da bem-aventurança,
capaz de viver com a mudança,
e tornar qualquer homem mais fecundo.

A CORONA que está entre nós
mata muitas pessoas a cada instante,
com uma atitude violentamente atroz,
porém é somente visitante.
Se soubermos ouvir a verdadeira voz,
de maneira ainda mais veloz
alcançaremos uma COROA reconfortante.

Não queria me demorar tanto
nem deixá-los mais preocupados,
mas não percamos o encanto
e estejamos preparados.
Que ao derramarmos qualquer pranto,
pensemos naquele acalanto
que faz-nos amar e sentirmos mais amados.

[1] Estudante da turma do terceiro ano do Curso de Bacharelado em Filosofia da FASBAM e religioso da Sociedade do Apostolado Católico, Padres e Irmãos Palotinos.

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