Fé e razão são um casal feliz na vida intelectual da Igreja.
João Paulo II era um filósofo e explica a beleza encontrada na filosofia.
A filosofia, cujo contributo específico é colocar a questão do sentido da vida e esboçar a resposta: constitui, pois, uma das tarefas mais nobres da humanidade. O termo filosofia significa, segundo a etimologia grega, « amor à sabedoria ». Efetivamente a filosofia nasceu e começou a desenvolver-se quando o homem principiou a interrogar-se sobre o porquê das coisas e o seu fim. Ela demonstra, de diferentes modos e formas, que o desejo da verdade pertence à própria natureza do homem. Interrogar-se sobre o porquê das coisas é uma propriedade natural da sua razão, embora as respostas, que esta aos poucos vai dando, se integrem num horizonte que evidencia a complementaridade das diferentes culturas onde o homem vive.
A filosofia é uma grande ajuda para a nossa existência humana e a sede pela verdade deve ser nutrida dentro de cada pessoa. Esse desejo é algo comum a toda a humanidade e transcende a cultura e a linguagem. A filosofia pode nos ajudar a entender melhor a nós mesmos, quem somos e nosso lugar no mundo.
No entanto, a Igreja reconhece que a filosofia não pode substituir a fé. João Paulo II observa que, embora a filosofia “conseguiu avançar pela estrada que a torna cada vez mais atenta à existência humana e às suas formas de expressão, por outro tende a desenvolver considerações existenciais, hermenêuticas ou linguísticas, que prescindem da questão radical relativa à verdade da vida pessoal, do ser e de Deus”.
Desse modo, “a razão, privada do contributo da Revelação, percorreu sendas marginais com o risco de perder de vista a sua meta final”.
A filosofia precisa ser apoiada pela fé para ser realmente eficaz e encontrar respostas para as questões básicas da vida.
No extremo oposto do espectro, a Igreja também insta os crentes a não manter a fé em exclusão da razão. Em vez disso, “a Igreja continua profundamente convencida de que fé e razão se ajudam mutuamente, exercendo, uma em prol da outra, a função tanto de discernimento crítico e purificador, como de estímulo para progredir na investigação e no aprofundamento”.
Os filósofos são bem-vindos à Igreja Católica e são incentivados a lutar com os desejos ocultos do coração humano, tendo em mente o autor por trás de tudo.
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Sim gostei!
Sempre acreditei e busquei o caminho que eu pudesse crescer na fé sem perder a capacidade de ler e captar o sentido da vida em todos os seus aspectos.
O seu texto contém reflexões que conincidem com as minhas.
Obrigada.