No dogma da veneração de ícones, afirma-se que os cristãos não veneram a madeira ou as tintas, mas sim aqueles que são retratados na imagem sagrada. Qualquer ícone canônico é digno de veneração, independentemente do material do qual é feito.
Nossa oração não depende da imagem diante da qual é elevada. Alguém pode permanecer indiferente diante de uma imagem milagrosa da Santíssima Mãe de Deus, divagar nas nuvens e pensar apenas quando a celebração de um Ofício de Súplica, por exemplo, terminará. E para alguém, uma pequena imagem impressa em uma tiragem de cem mil exemplares se tornará a janela para o reino celestial, por meio da qual poderá verdadeiramente dirigir sua oração a Cristo, à Virgem Maria ou a um santo.
O que torna um ícone sagrado não é o material do qual é feito, mas sim a consagração e a devoção fervorosa dos crentes. Em muitas igrejas da Ucrânia e até mesmo do Brasil, principalmente pela falta de iconógrafos, existem ícones impressos em papel, o que não impede os fiéis de rezar diante deles e receber auxílio daqueles que estão retratados.