São Josafat descobriu que seu exemplo cristão poderia ajudar a curar a divisão entre os cristãos

O século XVI foi uma época de grande tensão na Ucrânia, pois os cristãos começaram a se alinhar em lados opostos. Um grupo queria permanecer separado de Roma, enquanto o outro queria permanecer unido ao Sucessor de São Pedro.

São Josafat viu em primeira mão essa divisão e, em vez de alimentar as chamas de ambos os lados, esforçou-se em trabalhar pela unidade. Ele fez isso primeiro tentando vencer os grupos pela razão, argumentando por que deveriam ser unidas.

O Papa Pio XI explica em sua encíclica Ecclesiam Dei, disse:

Tendo no coração o desejo da reunião dos seus compatriotas com a Cátedra de Pedro, procurou descobrir argumentos que ajudassem a promover e a assegurar esta união… Tendo assim se preparado bem, começou com firmeza, mas com bondade a apelar pela restauração da unidade. Seu sucesso foi imediato, tanto que até seus adversários lhe conferiram o título de “ladrão de almas”. Maravilhoso na verdade foi o número de almas que ele conduziu de volta à unidade do rebanho de Jesus Cristo, composta por todas as classes, camponeses, mercadores, nobres, prefeitos e governadores de províncias.

A chave para seus argumentos não era o fogo com que foram dados, mas a bondade que ele usou. Além disso, quando a razão não era uma opção, era o exemplo de sua vida que conduzia outros à unidade.

Depois de ser nomeado bispo de Polotsk, ele estendeu muito o campo de seu apostolado, um apostolado que não poderia deixar de produzir resultados extraordinários devido ao exemplo que ele deu de uma vida de castidade inviolável, pobreza e frugalidade unida a tal abertura para com os pobres que ele chegou ao ponto de penhorar seu próprio omofório [o pálio de um bispo oriental] para cuidar de suas necessidades.

Em meio a isso, ele se recusou a fazer política ou filiar-se a um partido político.

Nosso santo, porém, sempre se manteve estritamente confinado ao trabalho religioso, nunca se misturando à política, apesar de mais de uma vez ter sido solicitado com veemência a tomar partido de um ou outro grupo político.

No entanto, seu grande trabalho pela unidade foi visto como uma ameaça, levando ao seu martírio.

Poucos dias antes de sua morte, quando foi avisado das conspirações que estavam sendo postas contra ele, ele disse: “Senhor, conceda-me a graça de derramar meu sangue pela unidade da Igreja e em nome da obediência à Santa Sé”.

São Josafat continua sendo um intercessor poderoso pela unidade, mostrando-nos que nosso exemplo falará mais alto sempre.

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