A fidelidade matrimonial | Série: A família cristã como nova criatura

O traço essencial do matrimônio cristão é a fidelidade, que se fundamenta sobre o amor fiel de Cristo, e não somente sobre os esforços humanos dos cônjuges. A fidelidade matrimonial brota da fidelidade de Deus à sua promessa e da fidelidade de Cristo à sua Igreja. Ser fiel significa saber ser firme na sua escolha e ser responsável no seu juramento. A fidelidade se reforça pela participação nos santos Sacramentos da Penitência e Eucaristia, pela oração em comum, pela mútua compreensão, mútuo apoio, confiança e perdão, e também pela constante luta contra as tentações. “A oração comum em família a protegerá, pelo menos em parte, dos desentendimentos e rixas… Se o esposo e a esposa rezam juntos todos os dias, devem dia a dia perdoar-se mutuamente as suas faltas”[1].

A fidelidade matrimonial se enfraquece e é mesmo destruída pela falsidade, falta de sinceridade, ciúmes, atitudes levianas, que podem levar à traição matrimonial e ao desperdício da graça do sacramento do Matrimônio. Cristo equipara o simples desejo concupiscente ao adultério: “Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5, 27-28).

A Igreja, fiel às palavras de Cristo, proclama a indissolubilidade do matrimônio: “Todo aquele que repudiar a sua mulher e desposar outra, comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar o seu marido e desposar outro, comete adultério” (Mc 10, 11-12).

[1] Metropolita Andrey: Carta pastoral “Sobre o matrimônio e a família” (17 de fevereiro de 1902).

Fonte: Cristo nossa Páscoa: Catecismo da Igreja Greco-Católica Ucraniana. Tradução: Pe. Soter Schiller, OSBM. Curitiba: Serzegraf, 2014, n. 866-868.

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