De repente um vírus…

De repente, um vírus…

por Thiago Onofre Maia

Avançam as descobertas
Da ciência, felizmente.
A nossa razão contente,
Com as janelas abertas,
Tinha as decisões certas
E o saber por garantia.
Então veio um certo dia
A notícia inesperada:
Uma nuvem carregada
Grande moléstia trazia!

Que tens, ó humanidade
Criada à divina imagem
E à semelhança, mensagem
Da própria eternidade!
Não ouviste a divindade,
Que há tempo vem ensinando,
Da existência falando,
Pela tua natureza?
Agora vês com clareza
O poder de outro comando!

Lá pelas bandas das China
Uma notícia assustava,
Norma estranha determina
E a ciência ficava
Com a voz pouco liberta
Já que não estava certa
Do que poderia ser…
Pouco depois alarmou:
Um vírus infeliz chegou
Sem vontade de ceder.

Depois foi rapidamente
As nações infectando,
E insaciadamente
Ao mundo inteiro pegando.
Em pânico e temerosa
A Europa belicosa,
Sem armas, estava perdendo.
As nações preocupadas,
Assistiam assustadas
Ao que estava ocorrendo.

Na China e na Coreia,
No Irã, no Paquistão,
Na Índia e Rússia a ideia
Era igual, sem distinção.
Na Europa, Itália e França,
Viram a pouca esperança
Minguar-se de forma estranha.
Depois pelo Reino Unido,
Via-se o povo perdido,
Mas bem pior na Espanha!

Para a América a seguir
O vírus se alastrou,
Como se a perseguir
Um alvo em que mirou.
Do mundo globalizado
Quis conquistar o “mercado”
Mais rico dos continentes.
A maior economia,
Se curvava e se tremia,
Como as mais pobres das gentes.

Passou para o Canadá,
De terras vastas e frias,
Onde o sistema está
Completo, sem fantasias!
Mesmo lá causa estrago
O vírus tão aziago
Para as nações modernas.
México e América Central
Assistem ao “vendaval”
E se sentem subalternas.

Ao Sul da América, enfim,
A peste se encaminhou,
Como pragas num jardim,
De repente se alastrou…
As nações despreparadas,
E mais desorganizadas
Se esforçam para conter
O vírus mais deletério
Tornado agora o império
Que ao mundo faz se render.

A ciência estarrecida
Ainda bem acanhada,
Posta a serviço da vida,
Não tem resposta formada.
Pesquisas tantas são feitas,
Mas todas estão sujeitas
A afirmações seguras…
O mundo espera assombrado
Por um remédio arrojado
Que salve as criaturas.

Fecharam-se as Igrejas
E as escolas também;
Todos nas mesmas pelejas,
O comércio foi além…
Mercados e hospitais
Farmácias e poucos mais
Mantêm o mundo de pé.
E o vírus continua
A infestar pela rua
Aos crentes e aos sem fé!

Apela a humanidade
Mais crente, como se nota,
À divina piedade,
Que parecia remota.
Mensagem de esperança,
De fé e de confiança
Estão em todo lugar.
Pede que a Deus consagre
O mundo e veja o milagre
Que se quer sem esperar!

Ave Rainha do mundo,
Esperança dos mortais,
Por teu desejo profundo
Leva a teu Filho os ais
Dos filhos por ele amados,
Mas que estão assustados
Com o pavor iminente.
Vem em socorro dos teus,
Mostra-nos o amor Deus.
Cristo, salvai nossa gente!

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