A Filosofia e a Teologia na Idade Média

Quando falamos sobre os verdadeiros filósofos escolásticos, temos que os considerar, segundo Etienne Gilson em O Filosofo e o teólogo, dentro uma perspectiva em que seja possível gozar de uma vida longa, sem deixar de olhar para o passado com os pontos que lhe foram falhos e que ainda não foram superados, mas tendo o objetivo da superação. Hoje, é necessário ao filósofo cristão ser prudente numa sociedade cada vez mais secularizada, pois ao se expor a certa paixão com algum pensador cristão, certamente se sentirá excluído da comunidade pensante.

Como sabemos, o cristão não nasce cristão, mas se torna cristão pela família. Mesmo sem consultar, já é batizado dias após seu nascimento. Quando cresce e tem maturidade, consegue ver as opções que foram feitas para, assim, poder discernir mesmo em meio a devaneios que surgem entre a Fé e a Razão.

Há algum tempo, o estudo da filosofia escolástica a poucos interessava, pois, por vezes, a própria sociedade o considerava como algo fechado sem iluminação para por em prática. Já nos Seminários Eclesiástica outra perspectiva pairava, ou seja, a de auxiliar o candidato ao sacerdócio com alguns fragmentos que aludissem para teologia, porém o fato é que na Idade Média, assim como na Antiguidade, Filosofia e Teologia não se distinguiam. Tal motivo propiciou e propicia diversos questionamentos entre a Fé e a Razão.

Por fim, a “Revelação” não veio apresentar fisicamente a Deus e a existência de Deus não pode ser considerada apenas o objeto da fé. Em suma, precisamos da fé e da razão, de maneira uma a complementar a outra, para termos uma autêntica filosofia à luz da Filosofia Escolástica. 

Autor: Adriano José Gomes Pereira, estudante do 2º ano do Curso de Filosofia.

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