No próximo dia 22 de novembro a Fundação Pontifícia ACN (Ajuda à Igreja que Sofre), lançará a nova edição do Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo. O Relatório será lançado para a imprensa brasileira na sede do PIME, em São Paulo – com a presença do Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer – na mesma data em que será lançado em Roma e em outras grandes capitais do mundo como Paris, Lisboa e Madri.
Publicado há 20 anos pela ACN – com uma nova edição a cada dois anos – o documento traz uma análise da liberdade religiosa em 196 países do mundo, incluindo o Brasil e abrange não apenas os cristãos, mas todos os grupos religiosos. Os relatos de cada país foram escritos por jornalistas independentes, acadêmicos e autores sedeados majoritariamente na região da sua especialidade, incluindo Ásia, África, Europa e a América do Norte e do Sul. Cada relato de país tem início com uma análise da situação legal e constitucional que afeta a liberdade religiosa. Segue-se uma descrição de até que ponto a lei é respeitada na realidade. Depois descrevem-se os incidentes de perseguição religiosa. Por fim, observa-se no período em análise se a liberdade religiosa melhorou, permaneceu igual ou se deteriorou, além de informar as perspectivas nesta área em termos futuros a curto prazo.
Os colaboradores da ACN classificaram cada país em três categorias: perseguição, discriminação e “não classificado – intolerância”, tendo em conta o grau de violação da liberdade religiosa.
Além do Relatório há também o Sumário Executivo, que traz a análise e conclusões do relatório, bem como os estudos de casos com importante significado para a liberdade religiosa, seja onde a liberdade diminuiu ou mesmo onde ela teve um aumento significativo.
A Igreja Católica e a Liberdade Religiosa
A liberdade religiosa está no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos: Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular.
No entanto a liberdade religiosa também está no documento Dignitatis Humanares (1965), em que o Concílio Vaticano II declara que “a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa. Esta liberdade consiste no seguinte: todos os homens devem estar livres de coação, quer por parte dos indivíduos, quer dos grupos sociais ou qualquer autoridade humana; e de tal modo que, em matéria religiosa, ninguém seja forçado a agir contra a própria consciência, nem impedido de proceder segundo a mesma, em privado e em público, só ou associado com outros, dentro dos devidos limites.”
O Papa Francisco, em uma homilia no Sri Lanka em 2015, afirmou que “a liberdade religiosa é um direito humano fundamental. Cada indivíduo deve ser livre de procurar, sozinho ou associado com outros, a verdade, livre de expressar abertamente as suas convicções religiosas, livre de intimidações e constrições externas”. A Igreja católica trabalha, portanto, não apenas para que os cristãos tenham liberdade de viver sua fé, mas que todos tenham esse mesmo direito, independente da fé que professam. Sendo assim, o Relatório de Liberdade Religiosa publicado pela ACN é também uma contribuição da Igreja Católica para a Liberdade Religiosa no mundo.
Mais do que números, histórias.
O Relatório de Liberdade Religiosa busca levar histórias não apenas daqueles que sofrem perseguição, mas também daqueles que conseguem contribuir para a liberdade religiosa no mundo. É uma ferramenta que permite a análise e que pode ter como um dos frutos o que é um desejo de todas as religiões: a paz. Já na edição anterior, no prefácio do Padre Jacques Mourad – que foi sequestrado pelo grupo Estado Islâmico e conseguiu sua liberdade – ele afirmou que “a importância da liberdade religiosa significa para mim como a diferença entre a vida e a morte”. E concluiu: “se queremos quebrar o ciclo de violência que ameaça engolir o nosso mundo, precisamos substituir a guerra pela paz. Nos dias de hoje, mais do que nunca, é tempo de pôr de lado o ódio religioso e os interesses pessoais e de aprender a amar-nos uns aos outros, tal como as nossas religiões nos pedem para fazer.”
A nova edição do Relatório de Liberdade pode ser acessada na página da ACN a partir do dia 22 de novembro: acn.org.br
O problema maior do mundo esta nas próprias pessoas pois as mesmas que criam suas ideologias e as defendem a ferro e fogo,devemos nos voltar ao criador de forma verdadeira e baseada em seus ensinamentos bíblicos,não podemos nos deixa envolvidos pela questão econômica e financeira pois as bençãos do criador são infinitamente maiores,ou seja devemos ter um relacionamento com nosso Deus e o mais ele o fara assim ei creio. Parabéns pela abordagem do tema no blog isso que tambem nos falta hoje em dia fala dessas realidade de forma simples e coesa.
Concordo plenamente com o papa quando ele diz ”Papa Francisco, em 2015, afirmou que “a liberdade religiosa é um direito humano fundamental”
Todos temos o direito de escolher qual religião devemos seguir.
A religião é um dos maiores motivos de guerras/mortes no mundo, é lamentável!
Parabéns pelo post, bem relevante e informativo.
Todos somos livres para ter a nossa própria religião. Conhecimento é poder!
Todas as religiões pregam amor ao próximo! O problema são as pessoas!
Muito importante este tema de LIBERDADE RELIGIOSA. Somos livres para escolher nosso caminho.
Também acho que cada um acredita no que bem entende. Até mesmo DEUS nos da essa liberdade.
Independente da religião ou crença devemos ter amor ao próximo, o mundo precisa muito, estamos vivendo um momento muito difícil.