Ciência e Fé na Alta Escolástica: mediação ou contradição?

O Prof. Dr. Rogério Miranda de Almeida e o Prof. Dr. Irineu Letenski tiveram o artigo “Ciência e Fé na Alta Escolástica: Mediação ou Contradição?” publicado pela Síntese – Revista de Filosofia, um dos periódicos mais qualificados na área de filosofia e que possui reconhecimento nacional e internacional.

Segundo os autores, o objetivo principal destas reflexões é o de se perguntar não somente pelo estatuto científico da teologia nos séculos XII e XIII, mas também pela pos­sibilidade mesma de uma intelecção dos dados da fé, ou da revelação. Se, com Pedro Abelardo, a teologia adquire no século XII o status de ciência e, enquanto ciência, ela se consolidará no século XIII com a fundação das universidades e a entrada completa de Aristóteles no Ocidente latino, a relação fé e ciência não se desenrolará de maneira tão harmoniosa como se poderia imaginar. Pelo contrário, ela se intensificará e se tornará ainda mais aguda à medida que se aprofundará e se explicitará, no século XIV, o abismo que separa estes dois domínios do saber. Com efeito, esta problemática, que remonta aos primeiros séculos da era cristã, se coloca agora sobre um novo nível epistêmico mais urgente e mais desafiador ainda: como falar racionalmente, ou cientificamente, de Deus?

Você pode conferir o artigo completo, clicando aqui.

Sobre a Síntese – Revista de Filosofia: Publicada pelo Departamento de Filosofia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), de Belo Horizonte, Síntese – Revista de Filosofia tem como finalidade a divulgação de textos de filósofos contemporâneos brasileiros e estrangeiros, que expressem resultados de pesquisa original em nível de pós-graduação e apresentem um real interesse e qualidade em vista do enriquecimento da cultura filosófica nacional. É uma revista de inspiração cristã, mas aberta a todos os horizontes do pensamento, tendo como exigência básica a observância dos padrões científicos reconhecidos de produção filosófica.

EN:

According to the authors, these reflections aim not only at investigating the scientific statute of theology in the 12th and 13th centuries, but also the very possibility of the intellection of faith, or revelation. If, with Peter Abelard in the 12th century theology receives the status of science and, as a science, consolidates itself throughout the 13th century with the creation of universities and the complete reception of Aristotle in the Latin world, the relation between faith and science will not develop in a so harmonious way as one can imagine. On the contrary, it will intensify and become even more acute as, in the 13th century, the abyss separating these two domains of knowledge will become deeper and more explicit. In fact, this issue, which goes as far back as the first centuries of the Christian era, now appears in a more urgent and challenging epistemological way: how can one speak rationally, or scientifically, about God?

You can check the paper, clicking here.

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