Reflexões sobre o Pensamento de Karol Wojtyla, com Dr. Juan Manuel Burgos, marcam a I Jornada Personalista da FASBAM

Nos dias 11 e 12 de junho, aconteceu a Jornada Personalista – Reflexões Sobre os Pensamentos de Karol Wojtyla na FASBAM, com o Prof. Dr. Juan Manuel Burgos, filósofo personalista espanhol.

Durante o primeiro dia, Dr. Burgos realizou uma introdução sobre a Filosofia Personalista, isto é, sobre o seu nascimento contra o coletivismo – representado pelo marxismo, nazismo e fascismo –  e o individualismo – chamado de capitalismo selvagem – proveniente da Revolução Industrial. E destacou que, atualmente, o Personalismo está focado em dois objetivos: o primeiro é de que se deve dar a conhecer a enorme riqueza de autores e reflexões elaboradas por grandes clássicos do Personalismo; e o segundo é de aprofundar essas reflexões, em particular, na antropologia e na ética.

O Personalismo, segundo o Dr. Burgos, utiliza um conceito moderno de pessoa que tem em conta a subjetividade, liberdade, autoconsciência, interpessoalidade… Por isso, é necessário desenvolver categorias específicas para a pessoa, isto é, categorias personalistas, e não apenas conceitos gerais válidos para toda realidade, como ato e potência, e nem mediante conceitos pensados para as coisas, como substância e natureza. Neste sentido, o Personalismo aposta na capacidade da pessoa para construir-se a si mesma (limitadamente) por meio da liberdade; e na centralidade do coração como centro da afetividade e das relações interpessoais nas quais está em jogo o destino humano.

Já no segundo dia da Jornada Personalista, Dr. Burgos abordou mais especificamente sobre o pensamento de Karol Wojtyla (São João Paulo II), destacando que primeiro encontro dele com a filosofia foi difícil e motivado por sua decisão de ser padre, pois, até então, ele era filólogo da língua polonesa. A tradição eclesiástica da época o influenciou a estudar por anos a filosofia tomista que atingiu seu cume em 1948 quando Wojtyla finalizou a tese de seu doutorado em Teologia sobre: A Fé em São João da Cruz. É nesta tese que, segundo Dr. Burgos, se percebe o seu primeiro contato com um assunto que seria central para toda sua filosofia posterior: experiência e vivência subjetiva. Em 1954, fez a sua dissertação filosófica sobre Max Scheler, intitulada como: Avaliação da possibilidade de construir a ética cristã na base do sistema de Max Scheler, que foi fundamental para seu desenvolvimento intelectual e que serve como itinerário a fim de nos levar à Pessoa e Ação, a magnum opus de Karol Wojtyla.

Mais informações sobre o Personalismo e o Dr. Juan Manuel Burgos podem ser obtidas no site da Associação Espanhola de Personalismo, clicado aqui.

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