Na Sagrada Escritura lemos: “Honra teu pai de todo o teu coração e não esqueças as dores de tua mãe. Lembra-te de que foste gerado por eles. O que lhes darás pelo que te deram?” (Eclo 7, 27-28). Honrar os pais significa tratá-los com amor, sobretudo quando estão debilitados, necessitam de cuidados, como, por exemplo, na velhice.
O metropolita Andrey nas suas exortações sobre a família enfatizava os deveres dos filhos para com os pais: “Os bons cristãos sabem observar na vida o quarto mandamento de Deus, «Honrar pai e mãe», mesmo quando os pais não são bons, quando – Deus não o permita! – não merecem ser honrados, os filhos devem da mesma forma respeitá-los, porque esta é a lei de Deus. Os cristãos sabem que sorte amarga cabe àqueles que não respeitam os pais”[1]. O metropolita Andrey advertia ainda os filhos: “Deus não permita que haja entre vós filhos desalmados que ousam injuriar os pais ou, pior, levantar a mão contra eles. Não permita Deus que alguns pais tenham motivo para amaldiçoar seus filhos”[2].
Os filhos têm o dever de cuidar dos pais nas suas enfermidades e também prestar-lhes ajuda material e moral na velhice: “Filho, cuida de teu pai na velhice, não o desgostes em vida. Mesmo se a sua inteligência faltar, sê indulgente com ele, não o menosprezes, tu que estás em pleno vigor […]. É como um blasfemador aquele que despreza seu pai, e um amaldiçoado pelo Senhor aquele que irrita sua mãe” (Eclo 3, 12-13.16). Os filhos devem lembrar que o respeito e o amor para com os pais obriga-os a lhes dedicar cuidados durante toda a sua vida. Ninguém jamais pode ser dispensado dessa obrigação. Se os pais já deixaram esta vida, é dever dos filhos providenciar-lhes um funeral cristão, cumprir a sua última vontade, rezar por eles, cuidar de sua sepultura, lembrar deles no aniversário de sua morte.
[1] Metropolita Andrey: Carta pastoral Sobre o matrimônio e a família (17 de fevereiro de 1902).
[2] Metropolita Andrey: Carta pastoral Sobre o matrimônio e a família (17 de fevereiro de 1902).
Fonte: Cristo nossa Páscoa: Catecismo da Igreja Greco-Católica Ucraniana. Tradução: Pe. Soter Schiller, OSBM. Curitiba: Serzegraf, 2014, n. 898-900.