Semelhante aos apóstolos, Maria Madalena viajou para espalhar os ensinamentos de Cristo. Suas viagens finalmente levaram-na a Roma, onde, devido à posição de sua família, conseguiu obter uma audiência com o imperador romano, Tibério César. Seu objetivo era protestar contra ele que seu governador na Judéia, Pôncio Pilatos, e os dois sumos sacerdotes, Anás e Caifás, conspiraram e executaram um homem inocente, a saber, nosso Senhor, Jesus Cristo.
Ela lhe deu um ovo vermelho (representando a pedra que havia sido rolada), dizendo: “Cristo ressuscitou!” Ela contou a César sobre a injustiça de Pilatos em relação a Jesus. Ele respondeu movendo Pilatos para a Gália, onde morreu sob descontentamento imperial após uma doença prolongada. Ela então ajudou São João, o Teólogo, em Éfeso. Ela pregou com ousadia o evangelho do Senhor ressuscitado, a quem ela amava.
Segundo a tradição, todo mundo que visitava o imperador deveria lhe trazer um presente. Pessoas ricas e influentes, é claro, traziam presentes caros, enquanto os pobres ofereciam tudo o que podiam pagar. Maria Madalena levou um ovo ao palácio do imperador e o entregou a Tibério César com a saudação: “Cristo ressuscitou!” Tibério César, naturalmente, não podia acreditar no que ouviu e
respondeu-lhe: “Como alguém poderia ressuscitar dentre os mortos? É tão impossível quanto o ovo branco ficar vermelho. Enquanto Tibério falava essas palavras, o ovo na mão de Maria Madalena começou a mudar de cor até que finalmente ficou vermelho vivo. Assim, a saudação pascal – na cristandade universal, tanto no Oriente quanto no Ocidente – permanece desde então “Cristo ressuscitou!” E tornou-se tradicional para os cristãos de todo o mundo colorir ovos em vermelho.
Maria Madalena então explicou a Tibério César que o ovo agora vermelho simbolizava a vida subindo de uma câmara selada, um símbolo que seria compreensível para um romano pagão. César ouviu a queixa formal apresentada por Maria Madalena e também recebeu relatos de soldados sob Pilatos molestando e matando civis na Judéia. Por isso Pilatos foi exilado em Vienne, na Gália, onde teve uma morte desagradável. É interessante notar que a esposa de Pilatos, Cláudia Prócula, que sonhava com Jesus na noite anterior antes de ser levada ao julgamento por seu marido, havia se tornado uma cristã muito piedosa e devota e morreu santa da Igreja Cristã.
Muito interessante esse relato. Tocou meu coração.
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