O TRACTATUS DE WITTGENSTEIN E A IMPOSSIBILIDADE DE DIZER PROPOSIÇÕES ÉTICAS

Autores

  • Joálisson Santos dos Reis
  • Aluísio Miranda von Zuben

Palavras-chave:

Wittgenstein, Ética, Linguagem, Lógica, Proposição

Resumo

Estas reflexões têm por objetivo examinar o Tractatus Logico-Philosophicus de Wittgenstein e, mas especificamente, a sua tentativa de resolver todos os problemas da tradição filosófica que carece de sentido desde a Grécia Antiga. Essa investigação culmina em uma sentença atribuída pelo próprio filósofo: “sobre aquilo de que não se pode falar, deve-se calar”. A proposição sete encerra seu livro, considerado pelo próprio autor como um contrassenso, depois de ter estabelecido uma crítica da linguagem como isomorfia do mundo. O objetivo dessa pesquisa é analisar a sentença da proposição sete como um pressuposto ético da obra, partindo da ontologia à distinção entre o dizer e o mostrar. A atitude ética permeia a experiência fundamental do Tractatus que é a possibilidade de dizer o mundo, como estados de coisas, como as coisas são, e a de calar frente aos seus limites (do mundo, da linguagem e do pensamento). Essa conclusão nos leva ao tema do inefável como possibilidade para se viver uma vida feliz e para descobrir o “sentido da vida”, apesar de Wittgenstein ter concluído em textos posteriores, de que embora a ciência tente resolver todos os problemas do mundo, os da vida ficarão por ser resolvidos.

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Publicado

2021-04-25

Como Citar

SANTOS DOS REIS, Joálisson; MIRANDA VON ZUBEN, Aluísio. O TRACTATUS DE WITTGENSTEIN E A IMPOSSIBILIDADE DE DIZER PROPOSIÇÕES ÉTICAS. Helleniká - Revista Cultural, Curitiba, FASBAM, v. 3, n. 3, p. 95–111, 2021. Disponível em: https://fasbam.edu.br/pesquisa/periodicos/index.php/hellenika/article/view/317. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos