A EMANCIPAÇÃO POR MEIO DA FORMAÇÃO DISCURSIVA EM JÜRGEN HABERMAS

Autores

  • Júlio César Boiago

Palavras-chave:

Emancipação, Iluminismo, Razão Comunicativa, Intersubjetividade, Habermas

Resumo

Este artigo trata da leitura crítica de Jürgen Habermas em relação ao Aufklärung como projeto emancipatório constituído a partir da modernidade e como Adorno & Horkheimer enveredaram suas críticas à razão instrumental, resultante da filosofia da consciência. A tese expressa na Dialética do Esclarecimento, segundo Habermas, suprimiu a possibilidade de utilização da razão para emancipar. Considerado membro da segunda geração da Escola de Frankfurt, Habermas buscou reinterpretar e reconstruir dando à razão, mais uma vez, a possibilidade de emancipar os sujeitos. Essa possibilidade se enveredou pelos caminhos de uma mudança de paradigma que consistiu na guinada linguística pragmática por meio de uma racionalidade comunicativa, expressa na Teoria do Agir Comunicativo. Na mesma teoria coloca-se uma relação dialógica-intersubjetiva, superando a relação monológica-subjetiva, característica da filosofia da consciência. Tal superação constitui a possibilidade de emancipação, quando os sujeitos elegem o entendimento como telos da sua ação comunicativa e em condições simétricas buscam entender-se dirigindo os conflitos via ética do discurso. A emancipação constitui-se por meio da comunidade de comunicação e não mais em condições solipsistas de um sujeito isolado.

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Publicado

2020-06-04

Como Citar

CÉSAR BOIAGO, Júlio. A EMANCIPAÇÃO POR MEIO DA FORMAÇÃO DISCURSIVA EM JÜRGEN HABERMAS. Helleniká - Revista Cultural, Curitiba, FASBAM, v. 2, n. 2, p. 107–128, 2020. Disponível em: https://fasbam.edu.br/pesquisa/periodicos/index.php/hellenika/article/view/204. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos