FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home <p><strong>FASBAMPRESS </strong>- A Editora da Faculdade São Basílio Magno (FASBAM).</p> pt-BR <p>O autor garante que os trabalhos submetidos à <strong>FASBAMPRESS</strong> são originais e não foram elaborados com violação a quaisquer direitos de terceiros. O autor também garante que todas as autorizações necessárias para inclusão de conteúdos complementares, tais como mas não restritos a traduções, ilustrações, quadros e citações, foram obtidas e se compromete a indicar a fonte precisa de onde os conteúdos complementares foram obtidos. O autor ainda declara que os trabalhos não contêm declarações difamatórias, que atentem contra moral, bons costumes, código de conduta do Grupo Marista e/ou que violem direitos de propriedade intelectual.</p> irineu@fasbam.edu.br (Irineu Letenski) comunicacao@fasbam.edu.br (Marco Antônio Pensak) OMP 3.3.0.11 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 História da Filosofia Contemporânea I https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/29 <p><em>História da filosofia contemporânea I</em> integra a série de histórias do pensamento filosófico ocidental que a FASBAMPRESS se propôs publicar a partir de 2021. Do mesmo autor, e pela mesma editora, já vieram a lume: <em>História da filosofia antiga</em>, <em>História da filosofia medieval</em> e <em>História da filosofia moderna</em>. Com a <em>História da filosofia contemporânea II</em>, que se seguirá a esta obra, a série ficará completa, embora outros escritos poderão, direta ou indiretamente, concatenar-se aos anteriores, ampliando-os ou desdobrando as suas potencialidades. Efetivamente, a história da filosofia e a experiência da escrita se desenrolam segundo uma dinâmica de repetição dos mesmos valores que, paradoxalmente, não cessam de se superar e de se reinterpretar, mas na diferença e no querer-mais. A este propósito, convém lembrar o dito espirituoso de Darcy Ribeiro que, ao advertir seus leitores a respeito do caráter interminável da <em>escrita</em>, fez a seguinte ponderação: “Creio que nenhum livro se completa. O autor sempre pode continuar, por um tempo indefinido, como eu continuei com esse, ao alcance da mão, sem retomá-lo. O que ocorre é que a gente se cansa do livro, apenas isso, e nesse momento o dá por concluído. Não tenho muita certeza, mas suspeito que comigo é assim”.<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a></p> <p>De fato, o que caracteriza essencialmente a marcha historial do pensamento é a sua sempre recomeçada simbolização, que se faz através de uma cadeia de efeitos de significantes que, por isto mesmo, não param de reenviar uns aos outros, de se incluir uns nos outros e, melhor ainda, de se entrelaçar uns <em>pelos</em> outros. Trata-se daquele movimento que Lacan designa pela expressão: a <em>incompletude do simbólico do real</em>. Mas se o signo se apresenta como uma estrutura da palavra composta de um significante (imagem acústica ou visual) e de um significado (imagem mental, ideia ou conceito), a significação, por sua vez, se desdobra como a capacidade que tem o signo de se significar indefinidamente em virtude das relações virtuais ou atuais que ele entretém com outros signos. Na verdade, essa <em>reconstrução</em> se repete <em>in infinitum</em> na medida – e somente na medida – em que o signo representa um objeto para um sujeito que, ao exprimir o desejo, cria uma hiância ou um desvio de sentido entre o nome e a coisa. Sendo, pois, esta coisa heterogênea ao pedido, o desejo tenta insaciavelmente apreendê-la, dela assenhorar-se e dela usufruir. Quanto ao registro do <em>real</em>, estamos diante de uma noção limite de um dado bruto da <em>realidade</em> que, resistente e recalcitrante à simbolização, se oferece, no entanto, à interpretação ou à reinterpretação da linguagem. Ora, o paradoxo do <em>real</em> consiste justamente em ser ele um obstáculo e, ao mesmo tempo, uma porta, uma ponte, uma passagem, um caminho e, consequentemente, uma simbolização para a falta implacável que se manifesta pelo desejo. Mas só existe simbolização lá onde há resistências a vencer e a ultrapassar ou, para dizê-lo lacanianamente, só há simbolização quando se introduz no saber, na palavra, no dito, ou no <em>inter-dito</em>, a <em>suspensão do sentido</em>.</p> <p>Efetivamente, tanto para Freud quanto para Lacan, o ser humano sabe mais do que ele consegue expressar ou mais do que ele crê saber, porquanto o que está em jogo no próprio discurso é um saber inconsciente ou um saber de outra ordem que, literalmente, foi deslocado pela dinâmica da resistência e/ou do recalque. Para exprimi-lo de forma condensada e elíptica: <em>o sujeito sabe, mas não sabe que sabe</em>. Todavia, é na linguagem e pela linguagem que os <em>ditos</em>, os <em>não-ditos</em> e os <em>inter-ditos</em> inconscientes se insinuam, vêm à tona, se impõem e, possivelmente, se simbolizam. Assim, no sentido próprio do termo, o símbolo é um significante que se acha essencialmente ligado, de maneira metonímica ou metafórica, a um outro significante e, nesta condição, ele sempre representa um sujeito para outro sujeito, ou para outros sujeitos, que são considerados os lugares de onde pode vir, ou de onde se espera, o reconhecimento do desejo.</p> <p>No que concerne especificamente a esta obra – <em>História da filosofia contemporânea I</em> –, eu tentei concentrar-me de maneira breve, sucinta e, na medida do possível, abrangente, sobre as principais correntes do pensamento que vincaram fundamentalmente o século XIX e a primeira metade do século XX. Simultaneamente, tentei apresentar, sob a forma de epítome, os dados biográficos e as ideias básicas dos filósofos que, mais destacadamente, caracterizaram aquelas correntes do pensamento. Efetivamente, quando se reflete sobre a preponderante influência filosófica que definitivamente marcou o século XIX, vêm imediatamente ao espírito os movimentos do romantismo alemão – do qual sobressaem as figuras de Hölderlin, Novalis, Schlegel e Schleiermacher –; do idealismo, também alemão – representado por Fichte, Schelling e Hegel –; do utilitarismo e do evolucionismo ingleses (Bentham e Darwin respectivamente); do positivismo francês (Comte) e do pensamento religioso que, aberta ou difusamente, direta ou indiretamente, suscitou as mais variadas reações no seio desses mesmos movimentos. Certo, com relação a Kierkegaard, a sua influência fora da Dinamarca só se fizera mais nitidamente sentir em meados do século XX. Elucidativo a este respeito é o testemunho do teólogo Paul Tillich que diz recordar-se com orgulho do tempo em que, tendo sido estudante na Universidade de Halle, tomou pela primeira vez conhecimento, nos anos 1905–1907, do pensamento do autor de <em>Temor e tremor</em>. Mas isto, acrescenta Tillich, só fora possível graças às traduções isoladas que havia efetuado um estudioso de Württemberg.<a href="#_ftn2" name="_ftnref2">[2]</a> Não se deve, porém, esquecer que, independentemente de Kierkegaard, o pensamento religioso se impôs como um pano de fundo, transformado em diferentes modalidades, sobre todas aquelas expressões filosóficas, cujas origens imediatas remontam ao século XVIII e, mais precisamente, à <em>filosofia da ilustração</em>. Quanto ao idealismo alemão, nomeadamente aquele representado por Hegel, não se pode nele pensar sem, ao mesmo tempo, considerar as duas correntes que dele derivaram: a direita hegeliana e, sobretudo, a esquerda hegeliana, na qual se relevam os escritos de David Friedrich Strauss, de Bruno Bauer, de Arnold Ruge, de Max Stirner e, de modo particular, o pensamento de Ludwig Feuerbach, de Karl Marx e Friedrich Engels.</p> <p>No que tange a Schopenhauer, a sua filosofia começou mais visivelmente a se difundir somente ao longo da segunda metade do século XIX, porquanto a sua obra prima, <em>O mundo como vontade e representação</em>, que fora publicada pela primeira vez em 1818, mas com a data oficial de 1819, teve de enfrentar um prolongado silêncio e um doloroso anonimato até finalmente alcançar a terceira edição em 1859, um ano antes de seu falecimento. No tocante ao seu discípulo mais importante, Nietzsche, é bem verdade que ele havia começado a gozar de uma certa notoriedade já na última década do século XIX, quando o filósofo soçobrava irremediavelmente na demência e numa paralisia progressiva. Mas foi sobretudo a partir do início do século seguinte que a sua influência começou realmente a se expandir e a se consolidar em praticamente todas as áreas do pensamento e da cultura em geral, na qual se incluem a literatura, a psicologia, a antropologia, a sociologia e a religião.</p> <p>Importantes também foram o pragmatismo – movimento intelectual indissociável da mentalidade e do pensamento norte-americanos – e a fenomenologia, corrente filosófica característica da cultura e do modo de pensar europeus. Mais precisamente, a fenomenologia teve suas origens no final do século XVIII graças ao pensamento do matemático de expressão alemã, Johann Heinrich Lambert (1728–1777), que foi o primeiro a explicitamente assinalar um novo papel ao sistema do saber na obra intitulada: <em>Neues Organon</em> (1764). Este movimento foi retomado no final do século XIX e nos inícios do século XX, tendo como referências principais a filosofia e a obra de Edmund Husserl. Quanto ao pragmatismo, cuja difusão se deu nos Estados-Unidos entre o final do século XIX e o começo do século XX, ele teve entre os seus mais importantes representantes o lógico e linguista Charles Sanders Peirce, o pensador da religião William James e o educador John Dewey. Costuma-se, de resto, dar ênfase – como eu também o faço no final da Unidade 05 deste livro – a dois pensadores que, provenientes do século XIX, atravessaram inteiramente a primeira metade do século XX. Um deles foi o norte-americano John Dewey (1859–1952), que se notabilizou por ter elaborado, além de uma nova técnica pedagógica, a famosa teoria do “instrumentalismo pragmático”. O outro é Nicolai Hartmann (1882–1950), de origem étnica alemã, cuja concepção de base se encontra na chamada “ontologia crítica”.</p> <p>Finalmente, convém avançar duas observações que poderão, talvez, ser importantes antes de se começar a leitura desta obra:</p> <p><strong>01)</strong> Embora as reflexões aqui desenvolvidas se tenham concentrado basicamente no âmbito do século XIX, elas não puderam evitar de fazer uma incursão, conquanto relativamente limitada, pela primeira metade do século XX. Isto considerado, a tarefa de explorar e ampliar as análises do pensamento do século XX será realizada – assim eu o espero – no próximo livro que, conforme eu anunciei no início desta apresentação, se intitulará: <em>História da filosofia contemporânea II</em>.</p> <p><strong>02)</strong> Como nas <em>Histórias</em> anteriores, também nesta <em>História da filosofia contemporânea I</em> eu procurei não sobrecarregar as suas notas de rodapé com informações adicionais, tentando, pois, na maioria dos casos, nelas fornecer tão-somente as referências bibliográficas indispensáveis. Procurei igualmente expor as principais ideias dos filósofos aqui estudados de maneira clara, acadêmica, sinóptica, evitando, deste modo, resvalar para temas demasiadamente específicos ou para uma terminologia que se revelaria sobremaneira abstrusa para um leitor não suficientemente familiarizado com a linguagem filosófica. Trata-se, portanto, como nos estudos anteriores, de uma descrição sumária e geral de uma parte da história da filosofia que poderá eventualmente servir de incentivo para uma ulterior ampliação e um maior aprofundamento de seus temas e de seus respectivos representantes.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> RIBEIRO, Darcy. <em>O povo brasileiro</em>. São Paulo: Companhia de Bolso, 2006, p. 11.</p> <p><a href="#_ftnref2" name="_ftn2">[2]</a> Cf. TILLICH, Paul. <em>A History of Christian Thought: From Its Judaic and Hellenistic Origins to Existentialism</em>. New York: A Touchstone Book, 1968, p. 458.</p> Rogério Miranda de Almeida Copyright (c) 2023 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/29 Sun, 27 Aug 2023 00:00:00 -0300 Pensamentos Agostinianos https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/28 <p><em>Agostinho de Hipona</em>, bispo que viveu entre os anos 354 e 430 de nossa era, certamente surge como uma das figuras mais pertinentes no ambiente acadêmico. Conhecido por seus embates contra grupos sectários da religião cristã, bem como por admoestar os fiéis equivocados da doutrina católica, os frutos de suas reflexões foram colhidos tanto pela Igreja no momento de suas fundamentações de fé, como também pelo Império Romano em seus interesses políticos. A beleza de sua retórica, somada às suas intuições filosófico-teológicas, reverberam em nossos dias nos sem número de trabalhos científicos despertados por suas palavras e argumentos. Até mesmo naqueles dissonantes às suas ideias, as obras do bispo africano insistem em contribuir com novos rumos para a pesquisa científica.</p> <p>É na esteira de tal interesse que o presente livro se constitui como um espaço oportuno à diversidade de análises suscitadas pelo pensamento agostiniano. E sintomaticamente é esta a razão pela qual leva ele o título de “Pensamentos Agostinianos”. Devemos dizer que o esforço aqui demonstrado na elaboração de tal obra teve sua motivação a partir da XIII Semana de Filosofia da Faculdade São Basílio Magno (FASBAM) realizada em maio de 2022, que na ocasião contou com docentes e pesquisadores do tão antigo e tão novo pensamento do Bispo de Hipona. A presente coletânea dos trabalhos que compõem este título é mais uma demonstração da hodierna influência desse importante pensador, cujas questões estão ainda distantes de serem suficientemente esgotadas pela pesquisa acadêmica.</p> <p>O trabalho aqui desenvolvido contou com a participação de diversos autores, engajados cada qual em diferentes linhas de pesquisa. Ponto que torna o conteúdo ainda mais interessante e acentua o caráter multiforme também do interesse na filosofia e teologia agostinianas. Por esse motivo optamos por uma organização metodológica em certo sentido, propondo uma separação entre os assuntos de caráter mais teológico e aqueles mais filosóficos, como num itinerário pelas leituras do filósofo que culminaram nas páginas aqui dispostas. O que não se trata de um rigor na ordem da leitura. Esperamos, na verdade, oferecer com isso uma pequena contribuição ao leitor cujos temas despertem o desejo pela leitura e futuros desenvolvimentos.</p> <p>O presente livro é, pois, composto de nove capítulos, cada qual com nuances características das leituras do corpus bibliográfico do Bispo de Hipona – ora num esforço interpretativo, ora no de estabelecer uma aproximação com outros autores –, ancorados todos eles no pensamento agostiniano como o seu referencial teórico maior.</p> <p>O primeiro capítulo, de autoria de <em>João Pedro Fritoli Vieira</em>, com o título <em>O livre-arbítrio</em>: considerações a partir da filosofia agostiniana, tem por objetivo fazer uma análise do pensamento do bispo africano sobre o tema do livre-arbítrio. Para tanto, o autor oferece uma compreensão de como o mal se caracteriza para Agostinho e nos leva num segundo momento a pensar sobre o tema a partir do mau uso da vontade livre.</p> <p>No segundo capítulo, escrito por <em>Leonardo Pablo Origuela Santos</em>, com o título <em>A ordo universalis e ordo amoris: ontologia, ética e teleologia em Agostinho de Hipona</em>, é-nos oferecida uma caracterização daquilo que pode ser tratada como uma ontologia agostiniana. Na sequência, ainda algumas considerações sobre a teleologia do homem para o filósofo. Ambas as noções fundamentais se encerram numa análise a partir dos conceitos de <em>ordo universalis</em> e <em>ordo amoris</em>, respectivamente uma ontologia e uma ética.</p> <p>O terceiro capítulo, escrito por <em>Rodrigo Alves Rodrigues</em>, com o título <em>Livre-arbítrio e mal moral: o problema do mal como desordem da natureza humana segundo Santo Agostinho</em>, tem seu objetivo numa delimitação do mal moral como o interesse crítico do filósofo, a partir do qual desenvolve sua noção do mal como uma desordem da natureza humana, que possui o livre-arbítrio. Num segundo momento o autor procura tratar de demonstrar como o bem e o mal estão misturados na vida do homem e como pode ele reconhecer a sua responsabilidade frente às próprias paixões.</p> <p>O quarto capítulo, escrito por <em>Felipe de Lima Suruagy</em>, com o título <em>Agostinho e suas influências estoicas: análise da obra De Libero arbítrio</em>, tem como principal objetivo evidenciar as influências que as intuições estoicas tiveram no pensamento do bispo. Tudo isso a partir de uma análise da obra De libero arbítrio. O trabalho ainda desenvolve os temas da paixão, pecado e liberdade, demonstrando os pontos relacionados ao que encontramos já no estoicismo, sobretudo no de terceira fase.</p> <p>O quinto capítulo, escrito por <em>Alan Eric de Souza</em>, com o título <em>Uma introdução à questão do mal no pensamento de Santo Agostinho</em>, consiste no esforço por uma delimitação sobre a visão que conserva Agostinho acerca do problema do mal. Ademais, ainda sugere uma análise sobre a influência de diversas correntes, como o neoplatonismo e o maniqueísmo – sobretudo este –, que levaram o bispo a uma conceituação cada vez mais complexa sobre o mal no mundo.</p> <p>O sexto capítulo, cuja autoria é de <em>Iury Maycon da Silva Sales</em>, intitulado <em>O mestre interior em Santo Agostinho: a verdade, a significação e o conhecimento</em>, trata do tema da iluminação interior como propõe o filósofo, passando pelo que pode ser chamado de “gnosiologia agostiniana”. Tudo isso se realiza a partir da leitura das obras Confissões e De Magistro como referências na análise de tais temas.</p> <p>No sétimo capítulo, de autoria de <em>Murilo de Souza Guimarães</em>, com o título <em>O tempo segundo o pensamento de Agostinho de Hipona</em>, o autor se ocupa de uma exposição do que vem a ser o tempo na concepção agostiniana, abordando inclusive a problemática da medição do tempo e como este é compreendido pelo Bispo. Isso tudo a partir de uma análise do livro XI das Confissões, bem como amparado pelos estudos desenvolvidos no âmbito acadêmico e que compartilham do mesmo interesse temático.</p> <p>No oitavo capítulo, escrito por <em>Bruno Castro Schröder</em>, com o título <em>A via da interioridade: um diálogo entre Agostinho de Hipona e Tereza de Jesus</em>, o autor procura demonstrar como o termo interioridade foi desenvolvido, tanto por Agostinho, como por Tereza, sobretudo a influência que o Hiponense teve na obra da santa. Num segundo momento ainda, Schröder desenvolve um tipo de itinerário místico pelos quatro graus da oração como uma via para o encontro.</p> <p>O nono capítulo, escrito por <em>André Fernandes Oliveira</em>, com o título <em>A razão e a fé: diálogo entre Agostinho e Ratzinger</em>, objetiva estabelecer um diálogo possível a partir das contribuições de Agostinho e Ratzinger. Mais especificamente, a pesquisa se deteve naquilo que podemos entender como um ponto de equilíbrio entre as possíveis tensões que podem ser geradas na discussão entre razão e fé.</p> <p>Esperamos que os tesouros encontrados no pensamento agostiniano possam servir, não só como um complemento aos conhecimentos sobre o autor, mas também como um incentivo à pesquisa, cada vez mais aprofundada, nos temas aqui dispostos. Finalmente, desejamos a todos uma agradável leitura.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Leonardo Origuela</strong></p> Leonardo Pablo Origuela Santos, Felipe de Lima Suruagy Copyright (c) 2023 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/28 Sat, 26 Aug 2023 00:00:00 -0300 Meroslawa https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/27 <p>A ideia de escrever sobre a vida de Dona Meroslawa, surgiu em uma reunião da diretoria na APAE de Prudentópolis, quando uma das componentes da Sra. Andreia Burko Bley, me chamou e disse que estava lendo o livro Meus Recortes e na ocasião se encantou ao ver que falo sobre o carinho que tenho por essa pessoa que considero um ícone da cultura ucraniana. Andreia que é afilhada de batismo de Dona Meroslawa, perguntou se já tinha alguém escrevendo sobre a trajetória dela e do museu de Milênio. Respondi que não tinha conhecimento.</p> <p>Porém, mais tarde, em agosto de 2022, acabei sabendo que as professoras historiadoras Maria Inês Antonio e Eliane Lupepsa Castenaro estavam escrevendo um livro histórico sobre o Museu do Milênio, a pedido de Dona Meroslawa Krevei.</p> <p>Então, em fevereiro de 2022, iniciei a pesquisa sobre a trajetória da professora Meroslawa escrevendo pelo menos um resumo do trabalho incansável de sua história, para que ficasse marcada e mais pessoas conhecessem e reconhecessem o trabalho que ela desenvolveu e desenvolve em Prudentópolis, e de maneira especial, no Museu de Milênio.</p> <p>Inicialmente pensei em escrever um documentário simples, um folder, sintetizando sua trajetória, para alcançar seus objetivos. Porém, após muita leitura, pesquisas e lembranças, surgiu esse escrito que deixo aqui para que ela, Dona Meroslawa seja reconhecida e admirada por todos pelo trabalho e dedicação que ela tem pela cultura ucraniana.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Nadia Morskei Stasiu</em></p> <p>&nbsp;</p> Nadia Morskei Stasiu Copyright (c) 2023 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/27 Sun, 13 Aug 2023 00:00:00 -0300 Orientações e Normas da Igreja sobre o Espaço Litúrgico https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/26 <p>O primeiro fruto do Concílio Vaticano II, procurando <em>“(...)&nbsp; intensificar a vida cristã, atualizando as instituições que podem ser mudadas, favorecendo o que contribui para a união dos fiéis&nbsp; em Cristo e incentivando tudo que os leva a viver na Igreja” </em>(SC, n. 1), foi a reflexão teológica sobre a Sagrada Liturgia, seu incremento e sua reforma.</p> <p>Para além de um conjunto normativo do culto público da Igreja, <em>Sacrosanctum Concilium, </em>o primeiro documento conciliar,&nbsp; redescobriu, bebendo dos esforços do Movimento Litúrgico, a Liturgia como exercício do Sacerdócio&nbsp; de Jesus Cristo, no qual o Senhor une a si a sua amada esposa, a Igreja, no perfeito culto ao Pai (cf. SC, n. 7). Neste sentido, a celebração litúrgica é fonte e ápice da vida cristã (cf. SC, n. 10), ação sagrada por excelência, na qual todo o Povo de Deus deve tomar parte, por direito e por dever, de modo ativo, consciente e pleno (cf. SC, n. 14).</p> <p>Assim, descortinava-se uma compreensão teológica e pastoral da Liturgia, salientando sua centralidade eclesial, bem como sua íntima natureza. Por conseguinte, todos os elementos constituintes do culto da Igreja deveriam acompanhar e favorecer esta compreensão que brota e que é exigida pela própria celebração litúrgica. O canto e a música na Liturgia, o espaço sagrado, a arte sacra deveriam estar a serviço da comunidade celebrante e contribuírem eficazmente para a plena participação da assembleia litúrgica nos ritos sagrados.</p> <p>A fim de alcançar este tão elevado objetivo e na esteira da reforma litúrgica requerida pelo Concílio, a Constituição <em>Sacrosactum Concilium </em>pediu a criação de Comissões Diocesanas de Arte Sacra (SC, n. 46), que, em comunhão com a Comissão Litúrgica e de Música Sacra, deveriam promover o incremento da Pastoral Litúrgica na vida da Diocese.</p> <p>Este desejo conciliar, adormecido por várias décadas, vem novamente à baila depois de muitas experiências encetadas pelos esforços de renovação litúrgica. Trata-se de um feliz florescimento, em muitas dioceses do Brasil, do interesse pela arquitetura e pela arte do espaço litúrgico. Belíssimas iniciativas de formação, como o curso de especialização nesta área desta instituição, e a criação em vários lugares da Comissão Diocesana de Arte Sacra e Bens Culturais propiciam um momento fecundo para a reflexão sobre a teologia, a edificação e a adequação do espaço litúrgico.</p> <p>É neste momento ímpar e favorável que a Diocese de Palmas-Francisco Beltrão/PR, por iniciativa do Bispo Diocesano Dom Edgar Xavier Ertl, criou a Comissão Diocesana de Arte Sacra e Bens Culturais. Fruto de um esforço de mais de dois anos de maturação, a referida comissão nasceu a partir da já existente Comissão Diocesana para a Liturgia. Ao longo dos anos de 2021 e 2022, trabalhou-se na elaboração do Estatuto para a nova comissão que, depois de criteriosa análise do Conselho de Presbíteros, do Colégio de Consultores e do Bispo da Diocese, foi aprovado. A referida comissão tem como missão: zelar pela arquitetura litúrgica, em consonância com a reforma litúrgica conciliar, auxiliar e aprovar a adequação ou a construção dos espaços litúrgicos no território diocesano e cuidar dos bens culturais e históricos da Igreja particular.</p> <p>Tendo o estatuto promulgado e publicado, buscamos constituir a comissão, sendo, posteriormente, nomeados para ela alguns arquitetos por indicação do clero. Desta maneira, a comissão ficou assim constituída: Pe. Antonio Eduardo Pereira Pontes Oliveira (Assessor Diocesano para a Liturgia e, por isso, Coordenador Geral da Comissão), Pe. Rudinei José Willers (Cerimoniário Episcopal), Pe. Sérgio Algeri Filho (Ecônomo Diocesano), Sra. Liara Bohn (Arquiteta), Sra. Ellen Biavatti &nbsp;(Arquiteta) e Sr. Cássio Henrique Marcon Pastre (Arquiteto). A constituição da comissão procurou levar em consideração os aspectos litúrgicos, cerimoniais, econômicos e arquitetônicos do espaço litúrgico.</p> <p>Com a comissão constituída, o primeiro trabalho foi elaborar um texto contendo as normas e as orientações da Igreja para o espaço litúrgico. Trata-se de um compilado dos documentos e dos estudos da Igreja com a finalidade de termos disponível, em primeiro lugar, um subsídio de formação para as comunidades e para disseminação da teologia do espaço litúrgico e, em segundo lugar, para termos uma orientação segura na elaboração e na análise dos projetos de adequação ou de edificação de espaços litúrgicos submetidos ao parecer da comissão.</p> <p>A comissão se dedicou por seis meses na elaboração deste material, em sucessivas reuniões de debate, de purificação e de enriquecimento do presente texto. A sua publicação pela FASBAMPRESS muito nos alegra, já que, assim, o texto contendo as orientações e normas da Igreja sobre o espaço litúrgico e o estatuto da nossa Comissão Diocesana, colocado em anexo ao final deste livro, podem contribuir e incentivar muitas dioceses na criação de suas próprias comissões.</p> <p>As orientações aqui apresentadas, bem como as normas, são tomadas dos textos oficiais da Igreja e, também, dos recentes estudos (106 e 113) da CNBB que versam sobre a temática do espaço litúrgico. Em alguns casos, a nossa comissão fez opções concretas a partir da nossa realidade e das nossas necessidades. Estas opções aparecem ao longo do texto, atente-se o leitor a este elemento, afinal não são normas da Igreja, mas opções concretas tomadas pela comissão.</p> <p>Nosso agradecimento ao lento, assíduo e meticuloso trabalho de elaboração e de revisão do presente texto pelos membros da Comissão. Ensejamos que a presente publicação possa gerar diferentes iniciativas de incremento da reflexão sobre o espaço litúrgico nas mais variadas regiões do nosso país e para que a reforma litúrgica atinja, cada vez mais, seu objetivo de tornar a Sagrada Liturgia o coração da vida da Igreja.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Pe. Antonio Eduardo Pereira Pontes Oliveira<br></strong><em>Coordenador Geral da Comissão Diocesana de Arte Sacra e Bens Culturais da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão</em></p> Antonio Eduardo Pereira Pontes Oliveira Copyright (c) 2023 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/26 Sat, 18 Mar 2023 00:00:00 -0300 História da Filosofia Moderna https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/25 <p>O título da presente obra, <em>História da filosofia moderna</em>, por já se achar consagrado em centenas de outras obras que se dedicaram a explorar a história de um dos períodos que marcaram a filosofia ocidental, parece, à primeira vista, não apresentar nenhum problema nem suscitar alguma surpresa. Todavia, nem o conceito de “modernidade” nem o adjetivo “moderno”, de onde ele provém, têm uma significação unívoca e, por isto mesmo, eles têm recebido as mais diversas e até opostas interpretações. O adjetivo “moderno”, que deriva do latim tardio <em>modernus</em> e se liga ao advérbio <em>modo</em> (há pouco, recentemente, agora), remonta até ao século VI. Em francês, a sua presença já era atestada no século XIV. A partir do século X, <em>modernus</em> foi habitualmente empregado nas discussões filosóficas e nas polêmicas religiosas para exprimir, quase sempre de maneira subentendida, duas acepções básicas: 1) positivamente, este termo significava um encômio que se fazia a todos aqueles que revelavam uma abertura e uma liberdade de espírito, uma familiaridade com os mais recentes eventos e com as novas ideias que estavam em voga; 2) negativamente, o adjetivo “moderno” manifestava sempre uma crítica: crítica à leviandade e à superficialidade nas discussões, crítica à preocupação pela moda e pelo amor irrefletido às mudanças, assim como à tendência a se deixar entusiasmar pelas descobertas do momento negligenciando, porém, o conhecimento do passado.</p> <p>Do ponto de vista filosófico, durante os séculos XIV e XV se assistiu ao nascimento de duas correntes que, de certo modo, prolongaram e reacenderam os debates que, nos séculos anteriores, giravam em torno dos “universais”. De um lado, havia a chamada <em>via antiqua</em>, representada pelos adeptos de Tomás de Aquino, de Duns Scoto e de outros pensadores que, ao se apresentarem como os fiéis paladinos da tradição do século XIII e ao sustentarem a existência dos universais nas <em>realidades</em> singulares, eram, por isso mesmo, denominados “<em>antiqui</em>” ou “<em>reales</em>”. De outro lado, havia a corrente dos que defendiam a <em>via moderna</em>, que não deve ser confundida com a filosofia de Ockham nem tampouco com a de seus seguidores. Esta tendência, representada pelos chamados “<em>moderni</em>” ou “<em>nominales</em>”, não somente se difundiu rapidamente, mas também alcançou uma sólida posição na universidade de Paris e em outras universidades europeias. </p> <p>Do ponto de vistaa historiográfico, convencionou-se designar pela expressão “Idade Moderna” aquele período que se iniciou com a tomada de Constantinopla, em 1453, ou com a chamada <em>descoberta</em> do Novo Mundo, em 1492. Esta nova idade se estende até ao final do século XVIII e, mais precisamente, até a Revolução Francesa (1789), quando começou a Idade Contemporânea. Convém também ressaltar que foi somente a partir do século XVII que se impôs a propensão a se dividir a história ocidental em três períodos principais: antigo, medieval e moderno. Com efeito, esta divisão tripartite aparece pela primeira vez, e de maneira explícita, na história que Christoph Keller escreveu entre 1685 e 1696, da qual um dos compêndios se intitulava, justamente, <em>Historia Medii Aevi</em>.</p> <p>Filosoficamente considerada, e dependendo da leitura e dos pressupostos com os quais se analisa este conceito, a modernidade se teria iniciado já na Idade Média Tardia, ou no Renascimento, ou ainda – de acordo com uma concepção que já se consolidou a partir de Hegel – com a filosofia de Descartes e Hobbes. Se se assume, pois, este último ponto de vista, a filosofia moderna é essencialmente marcada pela <em>ilustração</em> que, ao permear e pontilhar o pensamento do século XVII, atingiu o seu florescimento máximo na segunda metade do século XVIII. Consequentemente, se é lícito escolher mais nomes, poder-se-ia afirmar que a filosofia moderna começou com Bacon, Hobbes, Locke, Descartes, e terminou com Immanuel Kant. É, pois, esta divisão que norteia, estrutura e anima a presente obra.</p> <p>Convém, no entanto, notar que o principal ponto de discórdia não consiste tanto na periodização da história em geral que, por ela mesma, já levanta a questão de saber o que, em última instância, determina o fim de um período e o começo de outro. O problema crucial reside, antes, na acepção que se costuma assinalar ao conceito de “modernidade”. Certo, conforme eu já avancei mais acima, os historiadores da filosofia consideram, na sua quase unanimidade, que a modernidade se teria iniciado no século XVII, com Descartes e Hobbes, e se teria consumado no final do século XVIII, com Immanuel Kant. Outros, porém, veem a modernidade como um processo que ainda não se completou. É o que sustentam, por exemplo, Alain Badiou, Christian Jambet, Guy Lardreau e, numa visão manifestamente conservadora, Jürgen Habermas, para quem a modernidade se apresenta como um “projeto inacabado”. A partir de perspectivas e horizontes diferentes, se posicionam pensadores tais como Gilles Deleuze, Jean-François Lyotard, Jacques Derrida, Michel Foucault, Sarah Kofman, Gianni Vattimo, Richard Rorty, Jean-Luc Nancy e Philippe Lacoue-Labarthe. Para estes filósofos, a nossa época é marcada pelo signo da subjetividade e eles consideram de modo geral – a despeito das nuanças e diferenças que caracterizam os seus respectivos pensamentos – que esta época está marchando para a sua realização final. É o que se convencionou designar – a partir da inspiração e interpretação de suas filosofias – pela expressão: “fim da modernidade”. A este “fim” se ajuntaram outros “fins”, tais como: o “fim da metafísica”, o “fim da religião”, o “fim do logocentrismo”, o “fim da racionalidade”, o “fim do sujeito” etc. Heidegger especificamente interpretou o pensamento de Nietzsche como representando o remate, a completude, ou o fim da metafísica.</p> <p>A questão, porém, que importa elucidar é a de saber se realmente estamos vivendo um período <em>moderno</em> da filosofia e, caso isto seja verdade, seria este período efetivamente caracterizado pela noção de subjetividade? Para perguntá-lo de outro modo: em que medida se poderia afirmar que ainda somos galileanos, cartesianos e kantianos? O que permite dizer que os conceitos de razão e sujeito constituem os dois vetores que norteiam a marcha do pensamento contemporâneo? Seria verdade que a subjetividade – marcada pela racionalidade com a qual Descartes e Kant a dotaram – se sobreleva como o último avatar da metafísica?</p> <p>O certo, porém, é que ao termo “modernidade” se apensaram, além dos conceitos de sujeito e razão, as mais variadas noções, ideias, correntes de pensamento e movimentos culturais: ciência, técnica, progresso, crítica, emancipação, secularização, historicismo, mecanicismo, metafísica e niilismo. Note-se, contudo, que a preferência por esta ou aquela categoria que viria caracterizar a modernidade está vinculada àquela outra problemática que diz respeito às diferentes cronologias com as quais se tenta delimitar o inteiro período. Àquele, portanto, que aduzisse razões sustentando que a modernidade teria efetivamente começado, por exemplo, com as ciências físico-matemáticas da primeira metade do século XVII, poder-se-iam contrapor outras tantas razões, segundo as quais ela se teria de fato iniciado com Guilherme de Ockham (c. 1285–c. 1349). Efetivamente, ao introduzir uma nova lógica e uma nova teoria do conhecimento centrada essencialmente nas realidades singulares, individuais, Ockham é reconhecido por um número não negligenciável de estudiosos como sendo o verdadeiro prógono das ciências empíricas modernas, cujo método fundamental de investigação se baseia na análise, na experiência e na indução.</p> <p>Cabe, pois, ao leitor tirar suas próprias conclusões a partir desta obra que o autor se esforçou por torná-la acessível, sucinta e, ao mesmo tempo, apta a fornecer uma visão de conjunto da história da filosofia que caracterizou os séculos XVII e XVIII. A exemplo das duas <em>Histórias</em> anteriores – <em>História da filosofia antiga</em> e <em>História da filosofia medieval</em> – na presente obra também eu procurei não sobrecarregar suas notas de rodapé com informações adicionais nem com um aparato bibliográfico que o leitor poderá, caso esteja interessado, descobrir por ele próprio. Esta é a razão pela qual as notas de rodapé às quais eu remeto contêm, na sua maioria, somente as referências bibliográficas indispensáveis. Tentei igualmente, como nas duas obras anteriores, apresentar as principais ideias dos filósofos aqui estudados de maneira clara, acadêmica, técnica, evitando simultaneamente resvalar para temas demasiadamente específicos ou para uma terminologia que se revelaria, afinal de contas, abstrusa e improfícua. Deste modo, esta <em>História da filosofia moderna</em> poderá – assim espero eu – servir de introdução e, ao mesmo tempo, de incentivo para novas pesquisas e ulteriores aprofundamentos...</p> <p>ISBN: 978-65-84583-12-2 <br />ISBN Digital: 978-65-84583-11-5</p> Rogério Miranda de Almeida Copyright (c) 2022 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/25 Sat, 15 Oct 2022 00:00:00 -0300 Conheça o seu rito https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/24 <p>O livro <em>Conheça o seu Rito: introdução ao ano litúrgico bizantino </em>do Pe. Juliyan Jakiv Katrij, OSBM, continua sendo a obra mais abrangente que apresenta ao leitor, de maneira popular, as tradições litúrgicas da Igreja Católica Ucraniana.</p> <p>Originalmente, esta obra foi escrita em língua ucraniana sob o título de <em>Пізнай свій обряд, </em>publicada em dois volumes, um em 1976 e outro em 1979, e dirigida principalmente para os ucranianos na diáspora com a finalidade de satisfazer a necessidade de literatura teológica dos fiéis. Foi traduzida, também, para a língua inglesa pelo Pe. Demetrius E. Wysochansky, OSBM, e publicada em 1982, em volume único, versão esta que serviu de alicerce para a realização, ao longo de mais de três anos, desta tradução em língua portuguesa e que tem o objetivo de preencher a lacuna da literatura cristã em geral e da literatura litúrgica e ritual em particular.</p> <p>O autor, doutor em filosofia e professor com muitos anos de experiência, conseguiu encontrar uma forma de apresentar o material e estruturar a publicação um modo que se tornou uma espécie de livro didático. A obra é composta em duas partes. A primeira delas possui um caráter introdutório e explora as solenidades do calendário litúrgico que possuem datas móveis. A segunda parte é desenvolvida a partir das solenidades do calendário litúrgico que possuem datas fixas.</p> <p>Na verdade, a necessidade de uma publicação educativa sobre temas litúrgicos em língua portuguesa nos levou a recorrer ao trabalho de elaboração desta obra pelo Pe. Katrij e também ao trabalho de tradução dos textos litúrgicos pelo Pe. Soter Schiller, OSBM, a quem muito agradecemos.</p> <p>Sabemos que alguns textos litúrgicos ainda estão em processo de tradução, mas na medida do possível, fizemos uso dos textos já disponibilizados, ainda que não publicados. Uma revisão futura desta edição poderá fazer uso das novas traduções do Pe. Soter, principalmente nas citações que remetem ao Ofício Divino.</p> <p>Procuramos, além disso, organizar a terminologia e harmonizá-la com a que é utilizada em outras publicações em língua portuguesa, como o <em>Eucológio: liturgia dos sacramentos, bênçãos e orações, </em>publicado em 2021, e o <em>Pão da Vida: devocionário da família, </em>publicado em 2022. Também fizemos uso do <em>Glossário Litúrgico Bizantino</em> elaborado pelo Pe. Soter que está disponível em seu livro: <em>O Sacrifício de Louvor em torno da Divina Liturgia de São João Crisóstomo</em>, publicado em 2018.</p> <p>Segundo a apresentação da nova edição em língua ucraniana desta obra, publicada em 2004, o Pe. Katrij, descrevendo esta ou aquela prática litúrgica e cerimonial, frequentemente se referiu às decisões de vários sínodos da Igreja, em particular ao Sínodo de Lviv de 1891, cuja legitimidade de suas decisões litúrgicas é agora discutível.&nbsp;Portanto, as informações relativas à vida litúrgica e ritual devem ser consideradas a partir da legislação canônica atual, pois as instruções dadas nesta edição (por exemplo, quanto à observância de jejuns) podem não ser mais relevantes ou podem ter sido substituídas. Da mesma maneira, alguns textos dedicados à explicação das solenidades tomadas da Igreja Ocidental podem não corresponder exatamente à sua interpretação nos dias de hoje<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>.</p> <p>Por fim, expressamos a nossa gratidão a todos que de alguma forma incentivaram e contribuíram para a publicação desta tradução em língua portuguesa.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> “Se por acaso foram introduzidos, no calendário das Igrejas orientais católicas festas com ou jejuns provenientes da liturgia latina ou de outras liturgias não coerentes com a própria, com muita prudência pastoral procure-se para restituir o calendário em sua estrutura tradicional, eliminando os elementos incompatíveis com o espírito e a índole do patrimônio oriental.” (<em>Instruções para a Aplicação das Prescrições Litúrgicas do Código dos Cânones das Igrejas Orientais</em>, § 36, Roma, Congregação para as Igrejas Orientais, 6 de janeiro de 1996).</p> Juliyan Jakiv Katrij; Marco Antônio Pensak Copyright (c) 2022 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/24 Sat, 01 Oct 2022 00:00:00 -0300 Introdução à Língua Brasileira de Sinais https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/30 <p>Nos localizamos na linha temporal do século XXI. Deste modo, passamos por diversas situações específicas em nossa sociedade ao longo da história da humanidade. Além de descobrimentos, guerras e revoluções, nosso mundo também passou por adequações no convívio humano. Ora, além disso, muitas coisas foram descobertas sobre o ser humano: sua anatomia, sua funcionabilidade psíquica, suas relações interpessoais, formas de comunicação específicas, etc. Tudo o que foi vivenciado ao longo dos séculos, hoje nos acarreta uma gama de conhecimentos incomensuráveis.</p> <p>Deste modo, na crescente do conhecimento sobre o ser humano e sua funcionabilidade anatômica e também social, podemos começar a analisar e compreender como pessoas com deficiência atuam e se integram na sociedade contemporânea. Neste material pedagógico produzido, vamos percorrer um caminho juntos, observando a deficiência conhecida como “<em>Surdez</em>”. Nela, vamos entender, a partir de uma perspectiva micro para macro, como a pessoa com esta deficiência específica se apresenta, interage, manifesta e absorve todas as formas de comunicação. Vamos compreender também, como sua cultura foi construída ao longo do tempo, até chegar ao que podemos compreender hoje como “<em>cultura surda</em>”.</p> <p>A partir disso, adentraremos especificamente no que é a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, compreendendo de forma sistemática, sua Sintática, Semântica e Pragmática. Aqui, faremos um estudo desta língua não-verbal, de forma a poder compreender que a essência viva desta língua específica se dá no <em>sinal</em>, e se manifesta a partir de alguns fatores interligados à corporeidade da pessoa humana.</p> <p>Esperamos poder auxiliá-los de forma a levá-los a adentrar nesta cultura específica, que luta diariamente por voz em meio a um mundo que discrimina todo e qualquer tipo de situação que não seja o “padrão” de uma sociedade tradicional. Bons estudos e bons trabalhos!</p> <p>&nbsp;</p> <p>O autor.</p> <p>&nbsp;</p> Victor Pacheco Copyright (c) 2022 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/30 Sun, 11 Sep 2022 00:00:00 -0300 Introdução à Lógica https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/32 <p>Qualquer um que queira consagrar seriamente sua vida à filosofia pesa a tarefa de fazer avançar essa área do saber que chamamos de lógica, e não apenas fazer exegese dos autores do passado<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a>. Se pretende contribuir para o desenvolvimento da filosofia, deve preparar-se para realizar estudos meticulosos em um campo específico, como a lógica, a metafísica, epistemologia ou a ética, entre outras possíveis áreas da filosofia, conhecer os resultados alcançados por pensadores do passado e do presente, assimilar suas ideias e submetê-las a análise crítica. Aceitar por dogma o que algum pensador do passado tenha dito é simplesmente matar a possibilidade da filosofia.</p> <p>Esta tarefa absorve de tal forma o pesquisador que resta pouco tempo para incursões em outras áreas. De fato, qualquer pretensão de generalidade corre em nossos dias sério risco de levar à confusão e superficialidade.</p> <p>O presente texto oferece uma visão introdutória da lógica como uma área de interesse filosófico e científico. Uma área em constante desenvolvimento e com inúmeros desafios. O texto não entra no detalhe devido a proposta do projeto, embora através das inúmeras referências aponte caminhos ao leitor que tenha intenção de ir além do que é aqui apresentado.</p> <p>A lógica é um campo de investigação que em nossos dias cobre uma gama extremamente vasta do conhecimento científico e filosófico. Envolve aspectos informais ligados à argumentação crítica, com grande utilidade em áreas como direito, ética e política, e ao mesmo tempo, aspectos puramente formais ligados à matemática, linguística, computação, inteligência artificial e neurociências. Além disso, a lógica, que originalmente era considerada como “a ciência do raciocínio correto”, passou por uma reviravolta extraordinária no último século, passando a ser o, entre outras coisas, o estudo de certas estruturas abstratas, os sistemas lógicos, cuja diversidade torna qualquer pretensão de definição do que seja a lógica uma tarefa dificílima, senão impossível. Toda ciência, e a lógica não é diferente, possui tantas especialidades e conexões que qualquer pretensão de definição acaba por deixar de fora algo significativo, ou incluir coisas que não pertencem a rigor a seu domínio de investigação. De qualquer forma, definições precisas têm pouco valor no início do estudo. Talvez uma resposta evasiva seria dizer que lógica é aquilo que os lógicos profissionais fazem. Preferimos aqui seguir a recomendação do lógico estadunidense Elliott Mendelson para quem só se pode aprender lógica fazendo lógica.<a href="#_ftn2" name="_ftnref2"><sup>[2]</sup></a> É o que propomos no texto que segue.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1"><sup>[1]</sup></a> Não que fazer exegese de autores do passado ou do presente não seja importante, mas não se pode negar que é um trabalho bastante limitado e que, a rigor, não é filosofia, mas história da filosofia.</p> <p><a href="#_ftnref2" name="_ftn2"><sup>[2]</sup></a> MENDELSON, Elliot. <em>Introduction to mathematical logic</em>. New York. Van Nostrand Reinhold Company. 1964. p.1</p> Aluísio Miranda Von Zuben, Antonio Djalma Braga Junior, Gilson Maicá de Oliveira, Teresinha Teixeira Colleone Copyright (c) 2022 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/32 Wed, 10 Aug 2022 00:00:00 -0300 Espaço Litúrgico https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/20 <p><em>“Desejei ver com inteligência aquilo que acreditei.”</em></p> <p>(Santo Agostinho)</p> <p>&nbsp;</p> <p>As palavras de Santo Agostinho de Hipona (354-430), expressam o sentimento da Igreja que desde a sua origem buscou fundamentar a sua fé em Jesus Cristo. Homens e mulheres incansáveis pela busca da verdade, refletiram sobre o essencial e o que era a expressão máxima da identidade da Igreja e dos discípulos de Jesus. Nesta busca, surgem as universidades, cujo papel é questionar, apresentar as diversas visões de pensamento, e colaborar no discernimento das escolhas, purificando o modismo e o gosto pessoal, daquilo que é a essência e fundamento da fé cristã.</p> <p>Neste sentido, cumpre este papel e missão, os cursos da FASBAM, ambiente acadêmico de excelência, que nos apresenta a obra: <em>Espaço Litúrgico: o artista, a beleza e o sagrado na arquitetura e na arte sacra, </em>com os resultados das pesquisas dos estudantes da primeira turma do curso de pós-graduação em Arquitetura e Arte Sacra do Espaço Litúrgico, iniciado em 2019, do qual tive a alegria de lecionar.</p> <p>Todo o curso e o incentivo a pesquisa acadêmica feita aos alunos, busca promover a interação entre arquitetura, arte e liturgia, à luz do Concílio Vaticano II, a fim de fornecer respostas concretas na elaboração de projetos de novas igrejas e estabelecer um diálogo frutífero entre a expressão artística contemporânea e a liturgia, mantendo-se fiel à Tradição viva da Igreja. E ainda, de refletir sobre a necessidade da adequação litúrgica dos espaços celebrativos de igrejas erguidas antes e após Concílio Vaticano II, para que cumpram com eficácia sua finalidade de celebrar os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, bem como a gestão e valorização de todo patrimônio eclesiástico.&nbsp;</p> <p>É por meio de uma arte e arquitetura adequada, que se permite que o espaço sagrado cristão preserve sua própria identidade, sendo ícone e presença viva de Cristo no meio da sociedade. Por isso, a arte e a arquitetura devem saber propor as formas justas de expressão, de modo que a Igreja seja em cada lugar um sinal da presença de uma realidade transcendente, e ao mesmo tempo se colocar em diálogo e relacionamento com a realidade que a cerca, enriquecendo-a.</p> <p>A Igreja deve ajudar a descobrir o senso da comunidade, fazer parte da vida das pessoas; é mais do que um prédio: é a família de Deus, uma fraternidade animada pelo Espírito que a unifica.&nbsp; É isso que o curso aspira: ser um instrumento ativo de transmissão da mensagem católica, em plena harmonia com o Magistério, utilizando a linguagem da beleza para aproximar os fiéis do Mistério. Cabe a cada ser humano dedicado ao sagrado, dizer ao mundo, com os talentos que Deus os dotou, que em Cristo o mundo foi redimido: redimido o homem, redimido o corpo humano, redimida toda a criação, da qual São Paulo escreveu que espera “a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8,19). Neste espírito, foi que os artigos aqui elencados, foram redigidos.</p> <p>&nbsp;</p> Irineu Letenski, Edilson da Costa Copyright (c) 2022 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/20 Fri, 08 Jul 2022 00:00:00 -0300 Metafísica e a Estrutura da Realidade https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/31 <p>Essa obra que apresentamos faz parte do projeto de criação de uma série de livros de referências que o curso de filosofia da FASBAM (Faculdade São Basílio Magno) tem produzido nos últimos anos. Assim, o livro <em>Metafísica e a Estrutura da Realidade</em> propõe-se para alunos que estão trilhando o caminho do filosofar de maneira acadêmica, embora, não seja restrito a eles. Pelo contrário, nossa abordagem didática, permite que não iniciados na filosofia, pessoas leigas em relação aos assuntos filosóficos, possam caminhar de maneira gradual por essas linhas sem se sentir estranho.</p> <p>Em todo caso, nosso objetivo está alinhado à perspectiva de formar pessoas com capacidade reflexiva sobre as grandes questões e os valores fundamentais da existência humana, por meio um conhecimento crítico e um compromisso com as relações socioculturais presentes em nosso contexto.</p> <p>Nesse sentido, pretendemos oportunizar ao leitor conhecer as origens da Metafísica e seus desdobramentos na estrutura da realidade; estudar a criação e desenvolvimento de teorias e métodos da Metafísica e seus conceitos aplicados em questões práticas do cotidiano; tal como, identificar os principais problemas metafísicos discutidos ao longo da história da filosofia.</p> <p>Faremos isso a partir de uma estrutura que aborde as principais teorias e conceitos metafísicos e suas diferenças em relação às outras áreas, passando pela análise da área da metafísica conhecida como ontologia e suas categorias fundamentais, e de assuntos metafísicos como a verdade, identidade pessoal e a liberdade.</p> <p>Assim, esperamos que essas breves linhas possam auxiliar você, caro(a) leitor(a), a compreender que a Metafísica é a área da filosofia que se preocupa em investigar a natureza da realidade, do que ela é composta e de como podemos conhecê-la de fato, tal como, nos questionar se há liberdade em nós. Trabalhar temas como esses de modo metafísico não é um trabalho fácil. Porém, cremos que com o caminho que propomos, você possa caminhar de maneira segura rumo ao conhecimento de questões como essa sem confusões ou abstrações demasiadas exageradas que em nada contribui para o conhecimento filosófico-metafísico.</p> <p>Os autores.</p> Antonio Djalma Braga Junior, Glauber César Klein, Thiago Melo Copyright (c) 2023 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/31 Sat, 30 Apr 2022 00:00:00 -0300 Ora et labora https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/18 <p>A presente obra reúne alguns estudos que publiquei, ao longo dos últimos anos, sobre o pensamento de Santo Anselmo de Aosta.&nbsp; A finalidade de revisá-los, reuni-los e apresentá-los em um livro, além de facilitar o acesso a estudantes e outros interessados, quer conferir-lhes certa unidade, tornando mais perceptível o modo como procuro ler e interpretar temas relevantes concernentes à reflexão do Doutor Magnífico.</p> <p>Anselmo nasce em Aosta, norte da Itália, em 1033. Em 1059 chega ao Mosteiro Beneditino de Le Bec, na Normandia, tornando-se aluno de Lanfranco de Pavia, importante mestre da Dialética. Ali vive por trinta e três anos, chegando a ser Prior e Abade. Em 1093 assume o Arcebispado de Cantuária, na Inglaterra, onde morre em 1109.</p> <p>Conhecido, na história da filosofia, por seu célebre argumento sobre a existência de Deus, exposto nos capítulos iniciais do <em>Proslogion</em>, a obra anselmiana reflete as profundas convicções de um cristão que não teme dar as razões da sua fé, examinando-a a partir de rigorosa análise conceitual. Assim procede não por duvidar, mas por estar plenamente convencido de que a razão não deve ser temida, já que, se bem conduzida, não vai de encontro à fé, mas proporciona ao crente a alegria de ver confirmados pela razão aqueles princípios fundamentais que são objetos de sua crença e de seu amor.</p> <p>Os seis estudos apresentados neste livro pretendem mostrar que, no pensamento anselmiano, não há dicotomia entre o monge e o pensador, na medida em que sua reflexão filosófico-teológica está fundamentada na prática da oração e da meditação. Pode-se dizer que o ideal beneditino do <em>ora et labora</em> pervade todas as obras de Anselmo, posto que a sua, por vezes árida, construção teórica, é fruto de um rigoroso trabalho intelectual, sempre precedido pela oração e pela meditação.</p> <p>Sendo assim, sua obra pode ser compreendida e atrair o interesse do crente, do agnóstico e, até mesmo, do ateu. O primeiro, certamente, levará em conta todo o processo reflexivo; os últimos, no entanto, poderão usufruir do resultado teórico construído em bases filosóficas, uma vez que Anselmo empreende um notável esforço para que suas conclusões, ainda que fundamentadas na fé, sejam a fiel consequência de conclusões lógicas.</p> <p>&nbsp;</p> Manoel Vasconcellos Copyright (c) 2022 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/18 Mon, 07 Mar 2022 00:00:00 -0300 A herança espiritual do Pe. Jeremias Lomnytskyi, OSBM para a Congregação das Irmãs Servas de Maria Imaculada https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/17 <p>Muito frequentemente importantes vultos da história da humanidade surgem sem alarde, como que à distância, e silenciosa e discretamente batem à porta do nosso coração, para que possamos descobrir a profundidade da sabedoria de sua nobre vida, consagrada a Deus, à Igreja e ao seu povo. É como se fosse um mistério profundamente intrigante, que se revela diante de nós, e desperta em nós, não só curiosidade, mas sobretudo admiração, reflexões e nos estimula a se guiar pelos seus princípios e se enriquecer com a herança espiritual de sua nobre alma.</p> <p>Um tal luzeiro para a Congregação das Irmãs Servas de Maria Imaculada foi o nosso cofundador, Pe. Jeremias Lomnytskyi, OSBM, o qual, sendo diretor espiritual da primeira irmã Serva, a beata Madre Josafata Hordashevska, ao mesmo tempo em que, por longo período, ele oferecia apoio, dirigia e formava os corações das jovens irmãs para a total consagração a Deus e para a abnegada missão apostólica entre os homens. Como pai espiritual, ele zelosamente infundia nos corações das irmãs a fidelidade do amor a Deus, o cultivo diligente da oração, a solicitude pelas vocações, a alegria do amor fraterno, o respeito mútuo e senso de união, a misericórdia na doação e o irrestrito amor ao próximo.</p> <p>Justamente neste ano, quando fazemos memória do 90º aniversário de morte do Pe. Jeremias Lomnytskyi, cofundador, superior e diretor espiritual da Congregação, a Ir. Oresta Olga Borshovshka, SMI, nos desvela a sua herança espiritual em seu trabalho acadêmico levado a termo na Universidade Católica Ucraniana de Lviv.</p> <p>Que essa primeira pesquisa, empenhativa e corajosa, ajude aos leitores a conhecer mais profundamente a jornada de vida do Pe. Jeremias Lomnytskyi e seu fecundo e precioso serviço prestado à Igreja de Cristo. Que esse livro desperte em nossos corações um decidido desejo de entrega total a Deus no serviço consagrado, para a construção do seu Reino em cada alma.</p> Oresta Borschovshka; Soter Schiller Copyright (c) 2022 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/17 Sun, 06 Mar 2022 00:00:00 -0300 História da Filosofia Medieval https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/15 <p>Se um dos principais problemas que espreitam o historiador consiste na divisão dos períodos que incluem os diferentes acontecimentos e os diversos movimentos culturais, isto vale em particular quando se trata de considerar, do ponto de vista historiográfico, a era, ou as eras, medievais. É que a divisão por séculos que costumam introduzir os historiadores na caracterização dos eventos e das diferentes mudanças culturais que se observam ao longo da história parece mais atender a uma finalidade de ordem prática e didática do que propriamente a uma divisão nítida, precisa e terminante. Na verdade, este tipo de divisão não se verifica no <em>desenrolar</em> dos fatos, que se supõem uns aos outros, ou melhor, que se incluem uns nos outros.</p> <p>Com relação especificamente à Idade Média, o emaranhado de fatos, de tendências, de correntes filosóficas e de outras produções culturais não permite, de modo algum, enquadrá-los nos limites de um determinado século ou mesmo num conjunto definido de décadas. Considere-se, por exemplo, a fase áurea da Escolástica, que se costuma encerrar no século XIII e, mais exatamente, no período que vai da fundação da Universidade de Paris (1200) até os conflitos que culminaram na grande condenação dos aristotelismos efetuada pelo bispo Étienne Tempier, em 1277. Para Étienne Gilson, no entanto, o florescimento máximo do saber filosófico e teológico medievais coincide, antes, com o período que se estende, mais ou menos, de 1248 – data em que Alberto Magno deu início ao seu ensino em Colônia – até cerca de 1350, ano em torno do qual faleceu Guilherme de Ockham.<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a></p> <p>Sabe-se efetivamente que, do ponto de vista geográfico e histórico, a Idade Média recobre um vasto espaço e um longo período que começa, para alguns, no século IV, para outros, no século V, e que se estende até o século XV. Assim, as diferentes divisões e denominações que se introduziram nesse extenso lapso de tempo variam de país para país, de modo que a França costuma dividi-la em duas Idades principais. Há, de um lado, a Alta Idade Média, cujo início se convencionou colocar em 395, data da morte do imperador Teodósio, e cujo término se situou no período das Cruzadas, isto é, entre o século XI e o século XIII. Há, de outro lado, a Baixa Idade Média, que vai das Cruzadas até meados do século XV. Para os historiadores alemães e ingleses, a divisão se faz de maneira tripartite. Existe assim, para os alemães, uma Idade Média Inicial (<em>Frühmittelalter</em>), cujo ponto de partida é o ano 476, data em que foi deposto o último imperador romano, e cujo ponto final é o século XI. Existe ainda uma Alta Idade Média (<em>Hochmittelalter</em>), que cobre os séculos XII e XIII, e, finalmente, uma Idade Média Tardia (<em>Spätmittelalter</em>), que compreende os dois séculos restantes. Os ingleses adotaram a seguinte periodização: <em>Dark Ages</em> (eras obscuras), que abrangem os séculos IV–X; <em>Early Middle Ages</em> (eras medievais iniciais), correspondentes aos séculos XI–XIII; <em>Late Middle Ages</em> (eras medievais tardias), do final do século XIII ao século XV. Convém também salientar que a expressão <em>Idade Média</em> parece ter surgido pela primeira vez somente em 1469, isto é, em pleno período do Renascimento e quando já se chegava ao limiar dos chamados tempos modernos.</p> <p>No que tange à filosofia medieval ou, mais exatamente, às filosofias medievais, é usual dizer-se, em certos meios acadêmicos, que foram duas as tendências principais de pensamento que se confrontaram durante aquele longo período: o platonismo e o aristotelismo. E, de fato, a visão segundo a qual o platonismo e o aristotelismo foram as duas tendências básicas, em torno das quais giraram as outras correntes filosóficas da Idade Média, está de certo modo correta. Resta, contudo, saber a que Idade Média se está referindo e, principalmente, de que tipo de platonismo e de aristotelismo se está falando. Efetivamente, devem-se considerar não somente as várias formas de platonismo e de aristotelismo ao longo da Idade Média, mas também a maneira pela qual estas duas tendências se entrelaçam e se incluem, não raras vezes, num mesmo e único pensador. Dada, pois, a extrema diversidade e heterogeneidade que caracterizam esse longo período, a nossa atenção, ao longo desta obra, se concentrará sobre as principais ideias e correntes que revelam, e escondem ao mesmo tempo, a vastidão e fragmentariedade do pensamento e do saber medievais.</p> <p>A exemplo do livro anterior – <em>História da filosofia antiga</em> – esta obra também quer ser sinóptica, sucinta e, ao mesmo tempo, panorâmica. Tentei, portanto, apresentar de maneira breve as principais correntes filosóficas que vincaram o pensamento medieval dando ênfase àqueles filósofos que mais se destacaram ao longo desse extenso período da história ocidental. Tentei igualmente dotar esta obra de uma linguagem simples e acessível a todos, de sorte que evitei propositadamente exorná-la com um aparato crítico que, necessariamente, exigiria extensas notas de rodapé com suas análises, descrições e menções de outros autores e de outros estudos. Isto, evidentemente, terminaria por sobrecarregar em demasia o leitor. Assim, a maioria das notas de rodapé são simplesmente notas de referências às citações feitas no corpo do texto.</p> <p>Se, na obra anterior, a minha intenção foi a de oferecer uma visão de conjunto da <em>História da Filosofia Antiga</em>, nesta obra também tive como objetivo apresentar, de maneira global e resumidamente, uma <em>História da Filosofia Medieval</em>, que poderá igualmente revelar-se como uma introdução e, ao mesmo tempo, como um incentivo para ulteriores estudos, para novas descobertas e eventuais aprofundamentos. Compete, pois, ao leitor verificar e julgar se eu consegui ter êxito nesta tarefa que me propus realizar.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> Cf. GILSON, Étienne. <em>La philosophie au Moyen Âge</em>. Paris: Payot &amp; Rivages, 1999, p. 591.</p> Rogério Miranda de Almeida Copyright (c) 2022 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/15 Wed, 19 Jan 2022 00:00:00 -0300 Introdução à Psicologia https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/14 <p>Ao longo da história e ser humano buscou encontrar tanto o sentido da vida quanto a origem e função dos seus comportamentos e emoções. Os grandes pensadores sempre se questionaram por que as pessoas fazem o que fazem, o que as motiva, o que as diferencia, o que as torna “melhores” ou “piores” no contexto grupal em que estão inseridas.</p> <p>Embora a Filosofia vasculhou profundamente por estes caminhos, foi a Psicologia como ciência que vislumbrou algumas das respostas que melhor explicavam a natureza do comportamento humano, suas implicações individuais e sociais, assim como as formas de resolver os conflitos decorrentes destes.</p> <p>Inúmeros pensadores, com diferentes visões de mundo e compreensão do ser humano formularam teorias Psicológicas, tanto no intuito de explicar o complexo fenômeno do comportamento humano, quanto para buscar formas de tratar os problemas físicos e não físicos que a medicina tradicional não alcançava, e assim surgiram as diferentes abordagens psicológicas.</p> <p>Neste breve histórico da Psicologia buscamos apresentar uma linha histórica e conceitual que evidencie os principais momentos e processos que construíram a ciência psicológica, os principais atores, os desdobramentos da dialética constante da evolução científica, e o impacto que esta nova ciência causou no mundo contemporâneo.</p> <p>Não defendemos uma abordagem em detrimento da outra, nem partimos do viés do certo e errado, já que acreditamos que cada momento, autor e conceito – mesmo os refutados e os que entraram em desuso – que fez e faz parte desta história foram fundamentais para o que a Psicologia é na atualidade.</p> <p>Embora ainda exista um grande preconceito social em relação à busca de ajuda psicológica, e muitos ainda acreditem que Psicólogo é coisa de “louco”, cada vez mais a ajuda, orientação, aconselhamento, supervisão psicológica se torna uma necessidade básica num mundo complexo, caótico e desigual, que impõe um ritmo de vida vertiginoso para o qual ainda não desenvolvemos recursos emocionais suficientes.</p> <p>Por isso, esperamos que ao navegar por esta história, você descubra o fascinante universo da Psicologia e o quanto ele tem a oferecer para o indivíduo e para a sociedade.</p> Pablo Andres Kurlander Perrone, Maria Isabel Rossini Tridapali Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/14 Fri, 10 Dec 2021 00:00:00 -0300 Filosofia Política https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/13 <p>A Filosofia Política, de acordo com Leo Strauss, é um ramo da filosofia que busca saber verdadeiramente tanto a natureza das coisas políticas quanto a boa ou correta ordem política<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a>.</p> <p>E, como veremos, com Platão já se inicia o que podemos chamar de uma tensão entre o filósofo e a cidade, entre a reflexão e a realidade. A política, a partir da experiência democrática em Atenas, torna-se um tema importante e delicado, pois foi capaz de organizar um sistema que incorpora os cidadãos, enquanto livres e iguais, mas, posteriormente, condenou à morte o filósofo Sócrates. Neste sentido, qual é a melhor forma de governo? O que é justiça? Entre tantas outras questões que envolvem o tema vão surgindo ao longo dessa reflexão.</p> <p>Existem muitos manuais de filosofia política que apresentam como tal ramo de conhecimento foi sendo construído ao longo da história da própria filosofia. Portanto, os manuais são essenciais na apresentação do tema. Cada um deles, por sua vez, acaba tendo um foco específico para apresentar a disciplina, privilegiando alguns autores em detrimento de outros ou destacando temas. Mas, de maneira geral, são eles que nos abrem caminhos para a reflexão sobre a política. Neste texto usamos alguns desses manuais de filosofia política, seguindo suas explicações. Posteriormente, cabe ao estudante ler os filósofos propriamente ditos, aqueles que foram citados e comentados ou mesmo aqueles que foram omitidos. Nada melhor do que ir à fonte do pensamento.</p> <p>E por fim, de acordo com o professor J. A. Guilhon Albuquerque: “toda reinterpretação de uma teoria política se faz tendo em mente os problemas contemporâneos e constitui, portanto, uma nova teoria, contemporânea”<a href="#_ftn2" name="_ftnref2"><sup>[2]</sup></a>. Afinal, vivemos em um contexto político, tanto local, como mundial, que acaba influindo em nossa reflexão e que por sua vez, deve nos ajudar a entender ou explicar melhor essa mesma realidade, enquanto uma nova teoria. Portanto, um dos fins dessa disciplina filosófica é buscar fomentar o bom debate sobre a política, conhecendo-a melhor e nos educando para ela.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1"><sup>[1]</sup></a> STRAUSS, Leo. O que é a Filosofia Política?<em> In: Leviathan – Cadernos de Pesquisa Política, </em>n. 2, p. 167-193, 2011. Disponível em: <a href="https://www.revistas.usp.br/leviathan/article/download/132277/128382/252777">https://www.revistas.usp.br/leviathan/article/download/132277/128382/252777</a>. Acesso em 15/05/2021.</p> <p><a href="#_ftnref2" name="_ftn2"><sup>[2]</sup></a> ALBUQUERQUE, J. A. Guilhon. Montesquieu: sociedade e poder. <em>In: </em>WEFFORT, Francisco C. (Org.). <em>Os clássicos da política. </em>12. ed. vol. 1. São Paulo: Editora Ática, 1999, p. 120.</p> Alessandro Cavassin Alves Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/13 Fri, 15 Oct 2021 00:00:00 -0300 Introdução à Filosofia https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/16 <div class="page" title="Page 7"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Este livro foi escrito objetivando oferecer uma introdução geral ao estudo da filosofia. O livro está dividido em cinco unidades, sendo que cada uma delas contempla um conjunto de temáticas e conceitos fundamentais, para que você possa iniciar a sua jornada filosófica de maneira autônoma e crítica.</p> <p>A primeira unidade da obra tem como título, Filosofia: construindo sua noção. Como o próprio título já indica, almejamos que o estudante, a partir dos conteúdos abordados, desenvolva sua própria noção de filosofia construindo os seus próprios caminhos. Para tal intento você terá a oportunidade de entrar em contato com os conceitos e as características fundamentais do ato de filosofar. Assim, trata-se de tomar consciência das questões humanas mais fundamentais, fazendo a distinção entre a filosofia da experiência vital (ou do senso comum) e filosofia por ofício. Tudo isso para que você possa buscar novos horizontes no seu modo de pensar. Nesta unidade você também estudará sobre a importância do estudo da filosofia no contexto dos estudos eclesiásticos.</p> <p>Filosofia e a sua origem histórica é o título da Unidade 2. Nesta unidade você terá a oportunidade de refletir sobre alguns motivos que propiciaram a origem da filosofia na Grécia Antiga e também algumas características da sociedade grega. Ora, o ser humano como ser racional além de produzir a filosofia, também reflete sobre a religiosidade, as ciências e dimensão artística, os chamados grandes ramos da cultura humana. Todas essas temáticas estão presentes nesta parte do livro.</p> <p>A partir da Unidade 3, intitulada, Filosofia e a sua problemática, você encontrará no livro uma divisão geral dos grandes assuntos da filosofia, o conhecimento, o ser e a ação. Tais assuntos abordados nas suas diversas perspectivas constituem-se nas disciplinas que fazem parte de um curso de filosofia. Deste modo, nesta unidade você já tomará conhecimento das questões fundamentais que são estudadas na lógica, na teoria do conhecimento, na filosofia da ciência, na filosofia da linguagem, na metafísica e na teodiceia. Trata-se de uma tomada de consciência do objeto de estudo, do conteúdo e dos elementos fundamentais tratados nestas grandes temáticas filosóficas.</p> <p>Dando continuidade aos aprofundamentos das tradicionais disciplinas de um curso de filosofia, na Unidade 4 será o momento de você entrar em contato com as questões fundamentais da antropologia filosófica, da cosmologia, da ética, da estética e da filosofia política. Assim, a partir dos conteúdos abordados nestas áreas do saber, você estará se familiarizando cada vez com a filosofia, desenvolvendo a sua consciência crítica na grande jornada filosófica guiada pela questão: afinal, o que é o homem?</p> <p>Finalizando o livro, a Unidade 5 é a parte na qual você estudará sobre a religião na história do pensamento. Nesta unidade você ainda encontrará um quadro cronológico da história da filosofia, as suas grandes divisões e alguns filósofos que compõem as chamadas idades: antiga, medieval, moderna e contemporânea. Ora, para estudar a filosofia é indispensável conhecer a história da filosofia, isto é, conhecer o desenvolvimento do pensamento humano no espaço e no tempo. Vamos trilhar juntos este caminho na busca de novos sentidos e significados para a sua vida?</p> </div> </div> </div> Irineu Letenski, Soter Schiller Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/16 Thu, 14 Oct 2021 00:00:00 -0300 A Conversão no Triódio Quaresmal https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/11 <p>Nas páginas deste livro, Paulo Serbai aprofunda a proposta quaresmal de conversão presente no Triódio Quaresmal da Igreja Bizantina. Como um livro litúrgico, o Triódio preenche um período de 10 semanas de preparação à festa da Páscoa, a saber: as 7 semanas da Grande Quaresma e as três que a precedem. Inicia-se no Domingo do Fariseu e do Publicano e termina com o Sábado de Lázaro. Neste período, todo Domingo é considerado como o final da semana, ou seja, a semana começa com a segunda-feira e termina com o Domingo. A denominação particular do “Triódio” provém do fato de usar somente três odes no ofício do Orthros, ao invés das nove odes habituais. </p> Paulo Serbai Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/11 Fri, 30 Jul 2021 00:00:00 -0300 Carta aos Frades Menores https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/10 <p><em>Que seja necessário prestar contas de todas as ações realizadas é dado a entender pelas Sagradas Escrituras, mostrado claramente pelo exemplo dos santos, imposto pela reta razão, estabelecido pelas leis civis e, enfim, sugerido pelas regras da caridade fraterna. Por essa razão, na tentativa de seguir o exemplo glorioso do Apóstolo Paulo, desejo prestar contas – por quanto me é possível – a vós todos, católicos e hereges, de quanto fiz, faço e me preparo para fazer no futuro.</em></p> <p>Com essas palavras, Frei Guilherme de Ockham abre sua <em>Epistola ad Fratres Minores</em>. Considero que uma das muitas maneiras de conhecer o pensamento e o caráter de um indivíduo seja ouvir suas <em>rationes</em>. E é isso que a obra que agora vem a lume nos proporciona. Ela expõe, com efeito, os motivos que teriam conduzido o <em>Venerabilis Inceptor </em>a romper com o papado de Avinhão e, consequentemente, deixar essa cidade francesa.</p> <p>No texto que se segue, o Prof. William nos oferece uma bela tradução, com apresentação e notas, a essa importante obra do<em> Menorita Inglês</em>. Manifestando um profundo conhecimento da <em>Opera Politica</em> ockhamiana, o competente pesquisador da Filosofia Medieval nos brinda com um trabalho cuidadoso e refinado, como requer uma empresa desse tipo. Através dessa tradução, o jovem e brilhante pesquisador nos possibilita que conheçamos o <em>Venerabilis Inceptor</em> um pouco melhor, o que contribuirá, sem dúvida alguma, para o aprofundamento dos estudos acerca do seu pensamento, particularmente suas ideias polêmico-políticas.</p> Guilherme de Ockham; William Saraiva Borges; Pedro Leite Junior Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/10 Thu, 15 Jul 2021 00:00:00 -0300 Ética https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/9 <p>A Ética está em todos os lugares: organizações privadas possuem seus próprios códigos de ética; os órgãos públicos e os seus servidores também; o mesmo vale para as profissões regulamentadas, para os poderes públicos (a Câmara e o Senado Federal possuem cada qual seu código) e até mesmo para facções criminosas; há ainda a chamada Ética Aplicada, que se faz presente nos mais variados âmbitos da vida social (ética profissional, empresarial, animal, ambiental, científica, bioética, etc.). Assim surge a seguinte questão: o que é a Ética?</p> <p>Outro termo onipresente na atualidade é moral: comportamentos são classificados segundo a sua adequação ou inadequação à moral e aos bons costumes; pessoas e instituições se consideram moralmente superiores umas às outras; juízes, juristas, advogados, políticos e jornalistas questionam a todo momento se determinado ato legal é também moral; a moralidade é apresentada na Constituição Federal do Brasil como um dos princípios explícitos que regem a administração pública no país. Deste modo outra questão se faz presente: o que é a Moral?</p> <p>Normalmente Ética e Moral caminham juntas. Algumas vezes aparecem como sinônimas, sendo utilizadas indistintamente; outras vezes são utilizadas com nuances diferentes, com a Ética referindo-se à práxis social e a Moral à práxis individual; outras vezes a Ética é entendida como uma reflexão sobre o comportamento prático humano (moral reflexa), enquanto a Moral é entendida como o próprio comportamento prático (moral vivida). Assim sendo, temos mais um questionamento: qual a relação entre Ética e Moral?</p> <p>O objetivo deste caderno de estudos é ajudar você a responder a essas questões e servir como um manual de introdução e de orientação para a investigação do pensamento ético e do seu desenvolvimento no mundo ocidental. Por isso, não se limite à leitura deste material; recorra sempre à leitura dos próprios autores e das obras indicadas nas referências e na ementa da disciplina.</p> <p><strong>ISBN: 978-65-994307-0-1 <br /></strong><strong>ISBN Digital: 978-65-993041-9-4</strong></p> Gleison Rosa Sena Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/9 Tue, 30 Mar 2021 00:00:00 -0300 História da Filosofia Antiga https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/8 <p>Este livro sobre a História da Filosofia Antiga tem como objetivo principal apresentar, de maneira sucinta, as grandes etapas da filosofia greco-romana e, mais particularmente, da filosofia grega, buscando assim explorar suas origens, seus principais filósofos e os conceitos que os caracterizaram de maneira definitiva. Considerando-se, pois, a Grécia o berço da filosofia e da cultura ocidentais, as questões que se levantavam nos inícios do pensamento filosófico diziam respeito ao ser e à existência em geral: de onde vêm e para onde retornam as coisas que estão continuamente nascendo, se desenvolvendo, se corrompendo, perecendo e de novo nascendo? Deve haver algum substrato material que nem nasce nem envelhece nem morre, do qual todas as coisas procedem e para o qual elas retornam. Este substrato, que depois se chamou de princípio, natureza e elemento, foi designado pelos primeiros filósofos da Costa Jônica pela expressão <em>athánatos</em> (imortal) e <em>aguéros</em> (que não envelhece). Por sua vez, estas palavras eram provenientes da poesia épica que, justamente, tentava marcar a diferença, ou o abismo, que separava os deuses dos mortais.</p> <p>Com efeito, mesmo antes que começasse a filosofia propriamente dita, cujo início costuma-se coloca no século VI a. C., com Tales de Mileto, os gregos do chamado período arcaico (800/750–500 a.C.) já se interrogavam sobre o problema do mal, do sofrimento, do destino e, também, sobre o papel dos deuses na vida dos homens. Convém, portanto, levar igualmente em conta a maneira pela qual os gregos tentaram entender e resolver os enigmas da existência através da “sabedoria mítica”, da “sabedoria trágica” e das descobertas que marcaram o chamado período pré-socrático, ou pré-platônico. Todas estas questões seriam, de fato, retomadas e reinterpretadas pelos filósofos pré-platônicos, cujos centros principais se encontravam na Costa Jônica – com Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Anaxágoras, Demócrito –, em Eleia, com Parmênides, e em Agrigento, com Empédocles. É, no entanto, em Sócrates, em Platão e Aristóteles que a filosofia alcançará o seu desenvolvimento máximo ou, numa palavra, o seu apogeu. Com relação a Platão, os principais temas e elmentos que ele introduz ou reelabora dizem respeito à doutrina das Ideias, à teoria do Bem, do Ser, do conhecimento, ao método dialético e ao campo da moral. Pertencem mais peculiarmente a Aristóteles os conceitos de substância e acidente, de essência e existência, de causa e efeito, de ato e potência, de forma e matéria.</p> <p>As filosofias que surgem depois do período clássico são denominadas “filosofias helenísticas”, quais sejam, o estoicismo, o epicurismo, o ceticismo, o cinismo e o ecletismo. Convém, no entanto, enfatizar que essas filosofias se desenvolvem a partir do desenvolvimento e das derivações dos grandes sistemas de Sócrates-Platão e Aristóteles. Os primeiros séculos da era cristã são marcados, notadamente, pelo medioplatonismo e o neoplatonismo. Estas últimas filosofias representam, por assim dizer, o fecho do pensamento antigo e a preparação, ou a passagem, para as filosofias medievais.</p> <p>Conforme eu avancei no início desta apresentação, procurei examinar, de maneira concisa, as grandes etapas da filosofia greco-romana e, mais particularmente, da filosofia grega, buscando assim realçar as suas origens, os seus principais filósofos e os conceitos que eles criaram e desenvolveram. Com efeito, seria necessário um estudo à parte para tentar tão somente resumir o cenário multiforme e variegado que representam, por exemplo, os dois primeiros séculos da era cristã, onde predomina, além do medioplatonismo, uma literatura de cunho pitagórico e de coloração platônica. O século II vê igualmente nascerem e/ou se difundirem a literatura apologética, os grandes sistemas gnósticos e as religiões orientais, notadamente o mitraísmo. Do ponto de vista filosófico, no entanto, não se verifica nenhuma curiosidade profunda e original, com exceção do medioplatonismo e, sobretudo, do neoplatonismo que surgirá no século III.</p> <p>Além de uma visão sinóptica, ou panorâmica, busquei igualmente dotar este livro de uma linguagem simples e acessível a todos. Assim, evitei propositadamente todo aparato crítico, que necessariamente exigiria extensas notas de rodapé e reenvio a outros autores e a outros estudos. Isto terminaria por sobrecarregar em demasia o leitor. Quanto às citações dos autores estrangeiros, utilizei-me, no mais das vezes, de traduções disponíveis em português, cabendo, pois, ao leitor – caso esteja interessado – recorrer aos originais. Em suma, tentei dar a este livro uma abordagem à História da Filosofia Antiga que poderá ser uma introdução e, ao mesmo tempo, um incentivo para ulteriores estudos. Mas compete ao leitor julgar se eu consegui levar a cabo a tarefa que me propus realizar.</p> <p><strong>ISBN: 978-65-994307-2-5 </strong><br /><strong>ISBN Digital: 978-65-994307-1-8</strong></p> Rogério Miranda de Almeida Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/8 Sun, 28 Mar 2021 00:00:00 -0300 São Basílio Magno https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/7 <p>Já se passaram mais de 1640 anos da morte de São Basílio Magno – um dos grandes Padres e Doutores da Igreja Oriental e grande legislador da vida ascética em comunidades monásticas. A Santa Igreja deu-lhe o título de “Magno”. E, de fato, ele era “Magno” – magno em espírito, magno em virtudes, magno em santidade, magno no amor a Deus e ao próximo, magno em aprendizado, um magno hierarca, um magno defensor dos dogmas da santa Fé, e magno por suas regras monásticas. Seus ensinamentos ascéticos e regras monásticas se tornaram fundamento para comunidades monásticas no Oriente e na terra da Rus’-Ucrânia. Embora São Basílio Magno tenha morrido no ano 379, ele continua a viver e trabalhar por meio de suas regras monásticas nos corações de seus filhos e filhas espirituais. Até mesmo durante sua vida, centenas de almas atingiram a santidade de viver observando suas regras monásticas. Ao longo dos séculos até os dias presentes, milhares e milhares têm encontrado e continuam a encontrar paz, santidade e salvação de suas almas nas comunidades religiosas basilianas. A Rus’-Ucrânia era coberta por uma grande rede de mosteiros basilianos. Desde o seu início, o monasticismo ucraniano seguiu o ideal de São Basílio Magno, que servia a Deus e as pessoas. A vida de oração e o trabalho pastoral se tornaram características do monasticismo ucraniano. Os mosteiros ucranianos sempre foram e continuam a ser centros religiosos, educacionais, e de atividade cultural. A partir da União de Brest o monge-apóstolo, de acordo com o ideal de Basílio, novamente começou a brilhar entre os ucranianos. Dois grandes luzeiros e defensores da União de Brest, o metropolita Josef Rutskyy e São Josafat Kuntsevych, espiritualmente renovaram os mosteiros da Rus' de Kyiv por meio das Regras de São Basílio Magno e organizaram os mosteiros em uma comum comunidade sob uma “cabeça” comum. Foi a partir desse tempo que a Ordem Basiliana se tornou a elite da Igreja da Rus’-Ucrânia e um zeloso apóstolo da união da Igreja em terras da Ucrânia, Lituânia e Bielorrússia. Embora durante a maior parte do século XX, na Ucrânia, a Ordem Basiliana tenha sido forçada às catacumbas, seus filhos e filhas espirituais residiram fora de sua terra-natal, na diáspora e realizaram com grande sucesso o trabalho religioso, educacional e cultural. Os filhos e filhas espirituais de São Basílio Magno celebraram com grandes cerimônias e solenidades religiosas os 1600 anos da morte de seu santo fundador, presenteando-o com um buquê espiritual de gratidão, amor, respeito e devoção. Este pequeno livro também deseja expressar esses muitos sentimentos. O objetivo é presentear o fiel com um pequeno desenho da grandiosidade, caráter e santidade de São Basílio Magno e mostrar a importância que suas regras monásticas e os mosteiros basilianos desempenham na vida da Igreja Ucraniana e das pessoas.</p> <p><strong>ISBN Digital: 978-65-993041-7-0</strong></p> Julian Katriy; Marco Antônio Pensak Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/7 Tue, 23 Feb 2021 00:00:00 -0300 São Josafat, Bispo e Mártir https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/5 <p>A Ordem de São Basílio Magno celebrou, no ano de 2017, o 400º aniversário de sua fundação. Em preparativos para o evento, no decorrer desses três anos que antecedem a data, a Ordem fez memória de referências fundamentais de sua vida e sua atuação: 1. São Basílio Magno, que viveu na Antiguidade (século IV), em cujos ensinamentos espirituais a Ordem se fundamenta; 2. São Josafat Kuntsevytch, que viveu na era moderna (século XVII) e que é, de fato, junto com o metropolita Veliamyn Rutskey, o fundador da Ordem como instituição monástica; 3. Os novos mártires da Ordem, que no século XX, testemunharam com o seu sangue a fidelidade a Cristo e à sua Igreja. A santidade e a sabedoria dessas pessoas constituem os alicerces da Casa Basiliana que, não obstante os ventos contrários e as tempestades, sustentam (cf. Mt 7, 25) os 400 anos de sua vida e atuação. Por ocasião do jubileu, a Província brasileira da Ordem Basiliana se propôs a publicar sobre os santos-referências, com o intuito de difundir entre o nosso povo e a nossa Igreja o conhecimento desses homens, pilares da Ordem, que há mais de 120 anos tem presença atuante no Brasil.</p> <p><strong>ISBN Digital: 978-65-993041-6-3</strong></p> Tarcísio Zaluski Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/5 Tue, 23 Feb 2021 00:00:00 -0300 São Basílio Magno https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/4 <p>A Ordem de São Basílio Magno celebrou, no ano de 2017, os seus 400 anos de história. Em preparativos para o evento, a Ordem fez memória de duas referências fundamentais de sua vida e sua atuação: <strong>São Basílio Magno</strong>, que viveu na Antiguidade (século IV), em cujos ensinamentos espirituais a Ordem se fundamenta; e <strong>São Josafat Kuntsevytch</strong>, que viveu na era moderna (século XVII) e que é, de fato, junto com o metropolita Veliamyn Rutskey, o fundador da Ordem como instituição monástica. A santidade e a sabedoria dessas pessoas constituem os alicerces da Casa Basiliana que, não obstante os ventos contrários e as tempestades, sustentam os 400 anos de sua vida e atuação. Por ocasião do jubileu, a Província brasileira da Ordem Basiliana se propôs a publicar sobre os santos-referências, com o intuito de difundir entre o nosso povo e a nossa Igreja o conhecimento desses homens, pilares da Ordem, que há mais de 120 anos tem presença atuante no Brasil. A primeira publicação foi esta, sobre São Basílio Magno.</p> <p><strong>ISBN Digital: 978-65-993041-5-6</strong></p> Soter Schiller Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/4 Tue, 23 Feb 2021 00:00:00 -0300 Metodologia do Trabalho Científico https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/2 <p>Este livro foi preparado com o objetivo de oferecer orientações necessárias para a redação de trabalhos acadêmicos, monografias, artigos, já que existem exigências específicas para esses trabalhos. É indispensável desenvolver uma postura de estudo que leve em conta a autonomia e independência intelectual, seguindo os caminhos apontados pelo professor e não esquecendo que, para percorrê-lo, uma postura crítica, rigorosa e de muito esforço deverá ser adotada.</p> <p>Não basta a você, estudante, assistir à aula e ser um cumpridor de tarefas: é preciso estar comprometido com aquilo que se propõe a fazer. Em meio às grandes mudanças do mundo de hoje, é necessário estudar o tempo todo e ter iniciativa para resolver problemas. Assim, são apresentadas aqui algumas orientações que representam as mais corriqueiras do cotidiano acadêmico. Isso significa que o livro que você tem em mãos tem a intenção de somente indicar alguns passos que auxiliarão na montagem do trabalho científico. O aprofundamento fica por sua conta, sempre buscando o conhecimento através da pesquisa.</p> <p>A sequência escolhida para a apresentação do conteúdo começa com o planejamento, escrita e normalização de trabalhos científicos. Assim, apresenta as técnicas de pesquisa e caracteriza os trabalhos acadêmicos. Para planejar a pesquisa, mostra como elaborar o projeto de pesquisa. Feito o projeto, você estará apto a redigir e a montar a estrutura do trabalho acadêmico: parte pré-textual, textual e pós-textual. Para a editoração dos trabalhos acadêmicos, são apresentadas as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) à medida que são utilizadas pelos acadêmicos. Finalmente traz a estrutura dos trabalhos acadêmicos e vários modelos, como resenha, projeto e artigo científico.</p> <p>Trata-se de um roteiro que foi concebido para atender à sua necessidade prática como estudante: se a pesquisa busca a solução de problemas, este livro foi preparado para ajudar você a resolver os problemas da pesquisa científica.</p> <p><strong>ISBN: 978-65-993041-1-8</strong><br><strong>ISBN Digital: 978-65-993041-2-5</strong></p> Edilson da Costa Copyright (c) 2021 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/2 Sun, 14 Feb 2021 00:00:00 -0300 O Sacrifício de Louvor em torno da Divina Liturgia de São João Crisóstomo https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/6 <p><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Calibri',sans-serif;">Decorrem 50 anos da publicação do decreto do Concílio Vaticano II sobre as Igrejas Orientais católicas, <strong><em>Orientalium Ecclesiarum</em></strong>. Dimensionando o lugar dessas Igrejas como “parte do patrimônio divinamente revelado e indiviso da Igreja universal”, o Concílio destaca as instituições e os ritos litúrgicos das comunidades cristãs orientais como seus componentes fundamentais, nas quais reluz a tradição “que vem desde os apóstolos através dos Padres” (Nº 1). </span></p> <p><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Calibri',sans-serif;">Na esteira da mobilidade populacional nos últimos séculos, muitas comunidades cristãs de tradição oriental saíram de seu habitat original e migraram para novos ambientes, vindo a se estabelecer até em terras dos continentes americanos. Nestes lugares, os emigrantes e seus descendentes enfrentaram – e enfrentam hoje ainda mais – a desafiante tarefa de viver a sua tradição e suas práticas cristãs num meio muito diferente do seu nicho de origem. </span></p> <p><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Calibri',sans-serif;">O presente escrito é, em larga escala, uma reformulação do livrinho intitulado “Nossa Liturgia”, que era inteiramente orientado ao público da Igreja católica ucraniana e que visava a ser um subsídio com fins pastorais, para a formação litúrgica do povo, este povo que justamente se encontra na situação acenada. </span></p> <p><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Calibri',sans-serif;">Neste opúsculo, o objetivo primordial permanece; retira-se, porém, a restrição: as presentes considerações dirigem-se a quem o assunto interessar possa. De fato, as facetas do patrimônio espiritual das Igrejas Orientais vêm despertando crescente interesse no meio brasileiro, mas a oferta de uma literatura sobre teologia e liturgia oriental é ainda bem limitada por aqui. </span></p> <p><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Calibri',sans-serif;">Proponho-me, pois, a desenvolver uma “introdução à Divina Liturgia de São João Crisóstomo”, à celebração eucarística tão distintiva das Igrejas de tradição bizantina. Tecida, na sua maior extensão, ao longo da era patrística, a Missa de Crisóstomo reflete, em grande proporção, a alma das raízes do cristianismo, “quem vem desde os apóstolos através dos Padres”, como vê o Concílio. Ela não representa, pois, a liturgia da Igreja “ortodoxa”, no sentido convencional do termo, como às vezes se escreve: ela é a liturgia-patrimônio da Igreja de Cristo como tal. </span></p> <p><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Calibri',sans-serif;">Permanecendo de caráter pastoral o objetivo maior desse escrito, não há nele uma pretensão de constituir uma obra científica sobre a <strong><em>Theiá Leiturgia</em> </strong>de João Crisóstomo. Não se destina ele especificamente a teólogos ou a determinados círculos de estudiosos, mas ao povo de Deus que quer celebrar a Liturgia com consciência e entendimento. No entanto, para as principais, se não todas, as afirmações deste trabalho procurei apoio nos melhores estudiosos de liturgia oriental, como Hans-Joachim Schulz, Juan Mateos, Robert Taft e outros mais, no intuito de que nada resultasse gratuito e infundado. Alimento a tese de que, tratando-se de liturgia, e mesmo de outros setores da vida da Igreja, as coisas são melhor compreendidas quando se as focaliza a partir de sua gênese histórica e de sua situação no tempo e no espaço. A Divina Liturgia de São João Crisóstomo não foi escrita de uma só vez, do princípio ao fim: a sua gênese abrange longos séculos e contribuições de muitos autores, individuais ou coletivos. Também sobre isso baseiam-se as minhas considerações e meus comentários que, espero, sejam de utilidade para celebrar essa magnífica Liturgia “de toda a alma e com todo o entendimento” – como nos convida uma de suas preces. </span></p> Soter Schiller Copyright (c) 2020 FASBAMPRESS https://fasbam.edu.br/fasbampress/index.php/home/catalog/book/6 Wed, 16 Dec 2020 00:00:00 -0300